segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

PAPAI NOEL



Lenelson Piancó


Chamar-te de pai, porque deveria?
Se nem me criou nem é natural
Se apenas um dia por ano é natal
E pai que é pai, é pai todo dia

Chamar-te de pai, não sei se seria
Ao meu pai afronta do tipo "moral"
Pois pai de verdade não manda postal
Nem rouba dos filhos os sonhos que cria

Escrevo esta carta para lhe rogar
Escolha a criança sem pai pra adotar
Lhe dê um presente; a dignidade!

Nenhuma criança criada na rua
Merece presente que o tempo destrua
Mas sim o presente de um pai de verdade.

O PERU NÃO É O MESMO



O Natal está mudado
Tudo está bem diferente
Até o velho peru
Não é como antigamente,
Pois em casa era engordado
Devidamente cevado
Saudável completamente.

O peru dos velhos tempos
Passava por uma dieta.
Milho de molho ou cozido
Numa panela repleta,
E naquela ave que canta
Era milho na garganta
Para alcançar uma meta.

O peru que antes cantava
O banquete anunciando.
Agora já temperado
No forno ele vai dourando
Veja só que esquisito,
O bicho dá um apito
Quando pronto está ficando.

Não esqueço o peru velho
E gosto do peru novo.
O velho tem tradição...
E com ele me comovo.
Mas fico com o atual
Nesta ceia de Natal
Pois com ele me resolvo.

FESTA DIVINA?



Por Ednar Andrade

Todos falam de festa (Festas) O mundo parece que espera uma fusão de felicidade e sonhos… Luzes e cores em toda parte, anjos de papel, pura arte.
Sinos e sons, canções e versos. É tudo tão controverso. E onde mora a paz?
Papai Noel é o rei ou o aniversariante? Parece que há uma com -fusão no sentido da data.
*
Quem nasceu em Dezembro?
Quem trouxe a paz e as promessas?
Quem deu pelo homem a vida?
Quem acendeu nos corações o amor?
Quem tão humilde em simples manjedoura nasceu e brilhou?
Quem anunciou a paz entre os homens?
Quem é o menino tão pobre e lindo?
(…………)
*
PAPAI-DO-CÉU
“Sempre novo” nos abençoa e enche de graça e de paz…. Sempre paz……
Nos dá todos os dias, mesmo que não mereçamos sua benção e raros presentes.
Nos dá flores, Sol e mar, pássaros, rios e verde. Tudo enfim …E como se não bastasse, Deus deu ao mundo seu amado filho, seu grande e único amor.
Mas o homem tudo faz errado, nada agradece, não aprendeu o mandamento que salva a todos de tudo que está errado: AMOR.
Natal Festa divina, festa de amor fraterno, festa ao Deus menino…
É festa do alter-ego, deuses inflados.
Festa na mesa de alguns…
Fome na rua dos meninos,
Fagulha apagada nos abandonados…
Nos bêbados, nos viciados: a fome voraz cracoolizados….
Mas é Natal e nas lojas tudo é colorido e caro, tudo é de alguns…
E o que resta é encher a cara de festa, engolir falsos sorrisos, usar o melhor vestido, rir louco, desordenado, – sem aplausos o menino – sem se importarem com os velhos, com os pobres descalços e sujos…
Aqueles que não têm lar, nem bolo, nem panetone. Comem do lixo o que sobra da festa mentirosa e porca.
…Então é Natal e o que você fez?

NOEL NUM VEM



Zenóbio Oliveira

Im todo ano é igual
Se aprochegando o Natal
Já começa o farnizim
De avistar Papai Noel
Espirrar no meio do céu
E arrisca é dele num vim

Liás, aqui nunca vei
Esse homi de vermei
Cum saco chei de brinquedo
Só se vê mermo im retrato
E os minino do mato
Só fica chupando os dedo

Me diga, o caba que veve
Nas frialdade das neve
No mei daquelas lonjura
Que diabo vem vê pra cá?
Só se for pa esturricar
No oco dessa quintura

Ele num vem nem a pau
Um caba internacional
Um lorde da Escandinava
Custumado cum sarmão
Vai vim bater no sertão
Pra cumer preá cum fava?

Só se ele for bocó
Pra vim naquele trenó
Que nem pneu num pissui
Se nas estrada da roça
As vez inté as carroça
Se ingancha nos pidrigúi!?

Inda duvido tombem
Que os animá que ele tem
Nesses camim lhe carregue
No mei desses carrapicho
Só sendo que aqueles bicho
Vai ter os casco dum jegue

O natal de nossas banda
Num tem os carrim que anda
Nem robô que conta estora
Num tem trenzim que apita
Nem as buneca bonita
Que dorme, que fala e chora

Nós tem buneca de trapo
Feita de tira e fiapo
Dos retaizim de rayon
Tem pião de aruera
E a mió roladera
De lata de mucilon

Nós tem buneco de barro
Tem as nota de cigarro
E os cachorro de areia
Tudo coisa de arremedo
Foi num foi se esfola um dedo
Chutando bola de meia

Vamo dexar de ilusão
Que o véi da televisão
Cum baiba branca na cara
Vistido de incarnado
É um atô custumado
A inganar babaquara

Não vá pensar que é quexume
Inveja, raiva, ciúme
Ou coisa de quem fuxica
Mais eu lhe digo: se aquete
Que esse veim da charrete
Só é pai de gente rica

UM MILAGRE NATALINO



Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.

Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.

Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.

Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.

Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.

Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.

Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.

Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.

Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.

Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.

Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.

Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.

Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.

O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.

Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.

Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.

Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!

*   *   *

Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.

Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.

Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.

CRONOLOGIA DO FIM DO MUNDO


O evento do Fim do Mundo é esperado há milhares de anos, que o digam as centenas de profecias já propaladas nos quatro cantos e cada vez mais novas profecias se multiplicam a cada geração. Os temas são os mais diversos. O final dos tempos, a destruição do mundo pelo Armagedon ou a tão esperada volta de Jesus para por termo os governos iníquos.
Em seguida acompanhe a cronologia do Fim do Mundo que nunca aconteceu.

Ano 90
São Clemente prevê que o fim do mundo pode ocorrer a qualquer momento.

Ano 365/ 375 a 400
Santo Hilário, também chamado Hilário, bispo de Poitiers (c. 300-367), anunciou que o mundo acabaria em 365. São Martin de Tours (c. 316-397), que estudou com Hilário, anunciou que o mundo acabaria antes do ano 400.

Ano 500
Hipólito de Roma (século 2), um antipapa (que não reconhecia o direito do papa eleito, e sim o seu), e o acadêmico cristão Sextus Julius Africanus (século 2) profetizaram o Armagedon para aquele ano. O pânico do fim do mundo iria acompanhar as chamadas datas redondas, ou cheias, como o ano 1000 e 2000.

1º de Janeiro de 1000
Na Europa, muitos cristãos profetizaram o fim do mundo nessa data e, quando mais próximos dela, exércitos cristãos entraram em guerra contra alguns dos países pagãos do norte da Europa, para convertê-los ao cristianismo à força antes que Cristo retornasse. Além disso, muitos cristãos doaram suas posses à Igreja.

Ano 1033
Tido como o milésimo aniversário da morte e ressurreição de Jesus, esperava-se sua segunda vinda.

Ano 1205
Gioacchino da Fiore (c. 1135-1202) previu, em 1190, que o Anticristo já estava no mundo e que o rei Ricardo I da Inglaterra iria derrotá-lo.

Ano 1284
O Papa Inocêncio III (1198-1216) chegou a essa data como o fim do mundo somando 666 anos à data de fundação do Islã.

Ano 1346 e anos seguintes
A Peste Negra, também chamada Morte Negra, devasta a Europa, vinda da Ásia. Calcula-se que até dois terços da população européia morreram, e no mundo todo, 75 milhões de pessoas, na maior pandemia da história humana. Esse evento foi considerado o prelúdio do fim imediato do planeta.

Ano 1496
Calculando a data de 1.500 anos após o nascimento de Cristo, alguns místicos profetizaram que o milênio iria começar nesse ano.

Ano 1524
Vários astrólogos profetizaram o fim do mundo devido a um dilúvio mundial.

Ano 1533
Melchior Hoffman (c. 1495-1543), profeta anabatista e líder visionário do norte da Alemanha, disse que Jesus iria retornar em 1533 e que a Nova Jerusalém seria estabelecida na cidade de Estrasburgo, então parte da Alemanha.

Ano 1669
Os Velhos Crentes, na Rússia, acreditavam que o fim do mundo ocorreria nesse ano, e 20.000 deles queimaram a si mesmos entre 1669 e 1690, para se proteger do Anticristo. Os Velhos Crentes (staroveri, em russo) são vistos como os fundamentalistas cristãos ortodoxos russos.

Ano 1689
O batista Benjamin Keach (c. 1640-1704) prediz o fim do mundo para esse ano.

Ano 1736
O teólogo e matemático britânico William Whitson prevê um dilúvio semelhante ao de Noé, para o dia 13 de outubro daquele ano.

Ano 1792
Segundo alguns shakers, o mundo terminaria nesse ano. Shakers, na verdade, era um nome pejorativo para os protestantes da United Society of Believers in Christ’s Second Appearing, devido à forma como se movimentavam em seus rituais, dançando, tremendo e sacudindo-se.

Ano 1830
A profetisa escocesa Margaret McDonald disse que o socialista galês Robert Owen seria o Anticristo. Ela fazia parte da congregação de Edward Irving e acreditava que todos os cristãos da Terra seriam arrebatados aos céus para juntar-se a Cristo.

21 de março de 1843 a 21 de março de 1844/ 18 de abril de 1844/ 22 de outubro de 1844
Segundo estudos que fez da Bíblia, William Miller (1782-1849), fundador do movimento Millerita, predisse que Jesus iria voltar no período entre março de 1843 e 1844. Como nada ocorreu naquela data, ele estendeu o prazo para abril do mesmo ano. A outra data passou e Miller confessou publicamente seu erro. Posteriormente, Samuel S. Snow apresentou outro estudo e disse que a data seria 22 de outubro de 1844.

Ano 1850/ 1856
Ellen White (1827-1915), fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, fez várias profecias relacionadas ao fim do mundo. Acredita-se que sua primeira visão surgiu em 1844, logo após o Grande Desapontamento, o evento pelo qual ficou conhecido o fiasco das previsões de William Miller. Em junho de 1850, Ellen White previu que o mundo iria durar só mais alguns meses. Em 1856, após uma conferência da Igreja, ela fez sua última profecia, dizendo que alguns dos que estavam presentes iriam ver a chegada de Jesus.

Ano 1891
Segundo profecia feita por Joseph Smith, fundador da Igreja Mórmon, em fevereiro de 1835, Jesus iria retornar dentro de 56 anos, ou seja, em fevereiro de 1891.

Ano 1914
As Testemunhas de Jeová (Watchtower Bible and Tract Society) apontaram o ano de 1914 como o início da guerra do Armagedão, chegando à data após estudo do Livro de Daniel. Quando o ano terminou e o mundo continuou, apesar da guerra, 1914 passou a ser o ano em que Jesus invisivelmente começou seu reinado. Outras datas para o final dos tempos surgiram posteriormente: 1915, 1918, 1920, 1925, 1941, 1975 e 1994.

Ano 1919
O meteorologista Albert Porta previu que uma conjunção de seis planetas iria gerar uma corrente magnética que faria o Sol explodir, envolvendo a Terra, no dia 17 de dezembro.

Ano 1936
Herbert W. Armstrong (1892-1986), fundador da Worldwide Church of God (Igreja Mundial de Deus), predisse que Jesus iria voltar em 1936. Depois, mudou a data para 1975.

Ano 1948
Durante o ano em que foi fundado o Estado de Israel, alguns cristãos acreditaram que esse acontecimento era o requisito que faltava para a volta de Jesus.

Ano 1953
No livro The Great Pyramid, Its Divine Message, o piramidologista David Davidson previu que o fim do mundo ocorreria em 1953. Para chegar à data, realizou uma série de cálculos com as medidas das pirâmides.

Abril de 1957
Mais uma vez, a revista Watchtower citou um pastor, Mihran Ask, segundo o qual o mundo iria terminar entre 16 e 23 de abril de 1957.

Ano 1960
Charles Piazzi Smyth (1819-1900), astrônomo real da Escócia, foi o autor do livro Our Inheritance in the Great Pyramid (1864), e considerado como aquele que deu início à chamada “piramidologia” em todo o mundo. Ele acreditava que segredos estavam escondidos nas dimensões da grande pirâmide e, após muitas pesquisas, propôs datas para a segunda vinda de Cristo e o final dos tempos, datas que iam de 1882 a 1960.

Ano 1967
Durante a guerra dos seis dias o exército israelense tomou toda a cidade de Jerusalém e alguns cristãos entenderam que o arrebatamento logo ocorreria. O requisito final seria que os judeus realizassem um sacrifício de animal no Templo, o que, ao que se sabe, não ocorreu.

Ano 1970
David Brandt Berg (1919-1994), também conhecido como Moses David, fundador do grupo Meninos de Deus (The Children of God), previu que um cometa iria atingir a Terra, provavelmente em meados dos anos 1970, e destruir toda a vida nos Estados Unidos. Disse ainda que a segunda vinda de Cristo ocorreria em 1993. Nos anos 1970, Os Meninos de Deus atuaram bastante no Brasil, parando as pessoas na rua para propagar sua mensagem de paz e amor. Eram chatíssimos.

Ano 1978
Chuck Smith, pastor da Calvary Chapel, previu o arrebatamento para 1981.

Ano 1980
Leland Jensen, líder da Comunidade Mundial Fé Bahai, predisse que um desastre nuclear ocorreria nesse ano, o que poderia ser seguido por duas décadas de conflito, terminando com o estabelecimento do Reino de Deus na Terra.

Ano 1981
O reverendo Moon, da Igreja da Unificação, previu que o Reino dos Céus seria estabelecido nesse ano.

Ano 1982
O físico e escritor John Gribbin e o astrônomo Stephen Plagemann publicaram o livro Efeito Júpiter, em 1974. Nele, previam um alinhamento planetário para 1982 que iria provocar uma série de catástrofes como interrupções nas ondas de rádio, chuvas, distúrbios nas temperaturas, terremotos violentos, inclusive na falha de San Andréas, na Califórnia. O alinhamento realmente ocorreu, mas nada aconteceu.

Ano 1986
De novo Moses David, dos Meninos de Deus, previu que a Batalha do Armagedão iria ocorrer em 1986. A Rússia iria derrotar Israel e os Estados Unidos, estabelecendo uma ditadura comunista mundial. Em 1993, Cristo voltaria à Terra.

Ano 1987 a 2000
No livro I Predict 2000 AD, Lester Sumrall (1913-1996), fundador do Lester Sumrall Evangelistic Association, previu que Jerusalém seria a cidade mais rica do planeta, que o Mercado Comum iria governar a Europa e que uma guerra nuclear iria ocorrer, envolvendo a Rússia e, talvez, os Estados Unidos.

Ano 1988
O escritor evangélico norte-americano Hal Lindsey previu, em seu livro The Late, Great Planet Earth, que o arrebatamento estava chegando em 1988 – uma geração ou 40 anos após a criação do estado de Israel.

E no dia 21 de dezembro de 2012.
Os Maias se ferraram, como se ferraram os idiotas que acreditam no fim do mundo.
Dados fornecidos pelo escritor Gilberto Schoereder.