Alexandre Paes teve a prisão decretada no dia 25 de janeiro e é considerado foragido
A polícia de Natal conseguiu a prova de que o marido da fisiculturista Fabiana Caggiano Paes, Alexandre Paes, tentou cremar o corpo da mulher logo após a morte dela, no começo de janeiro deste ano. Trata-se de um e-mail enviado por um crematório da Paraíba ao delegado Frank Albuquerque, que investiga o caso.
A gerente do crematório relatou à polícia que no dia 2 de janeiro foi procurada por uma funerária de Natal, contratada por Alexandre. Ele estava interessado em levar o corpo de Fabiana para a cidade de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, para ser cremado.
Ela também disse que perguntou a causa da morte e foi informada que tinha sido natural. No entanto, quando retornou o contato para saber se o corpo da fisiculturista seria mesmo enviado ao crematório, a gerente foi informada de que marcas no corpo de Fabiana levaram a polícia a entrar no caso e que ela seria sepultada.
Para o delegado Frank Albuquerque, as informações passadas pela gerente confirmam aquilo que a polícia já sabia.
— Apesar de nós já termos conhecimento disso, agora é uma prova. Ele não vai ter como dizer que não queria fazer isso.
Albuquerque ainda acrescentou que o objetivo de Alexandre ao tentar cremar o corpo da fisiculturista era justamente esconder as marcas de esganadura que ela tinha e impossibilitar qualquer exumação que a investigação pudesse solicitar no futuro.
Com a prisão preventiva decretada desde o dia 25 de janeiro, Alexandre Paes é considerado foragido. A polícia de Natal enviou cópia do mandado à polícia de Osasco, em São Paulo, onde ele mora, e pediu ajuda na captura do marido da fisiculturista.
CRIME
Fabiana e o marido estavam hospedados em um hotel em Natal (RN) quando ela morreu. A possibilidade de Paes ter cometido o crime surgiu depois de contradições entre os depoimentos prestados. Ele informou que encontrou Fabiana desmaiada no banheiro e que ela passou mal enquanto tomava banho, mas testemunhas disseram que o banheiro estava seco.
Outra suspeita é de que o relacionamento do casal estava passando por uma crise depois que a fisiculturista descobriu que o marido tinha uma amante. Por conta disso, os dois teriam discutido no hotel.
Um dos médicos que atendeu à vítima disse em depoimento que o marido tentou liberar o corpo da fisiculturista antes da perícia do SVO (Serviço de Verificação de Óbito), que indicaria a causa da morte. Ele ainda informou que a intenção do marido era cremar o corpo.
Localizado pela reportagem em uma academia de ginástica no centro de Osasco, Paes negou ter cometido o crime e disse estar "sofrendo muito".
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