A Refinaria Potiguar Clara Camarão, um projeto de R$ 160 milhões que amplia a capacidade instalada do pólo industrial da Petrobras, no Rio Grande do Norte, deverá ter as obras concluídas em janeiro de 2011, mas, sem alarde, já deu início à produção de gasolina no estado, com uma unidade que chegou a demandar, no pico da construção, a força de trabalho de mais de 1.400 homens. “Entregamos a obra no final de agosto e no dia 15 de setembro já havia um tanque cheio do combustível", diz Joir Brasileiro, gerente de contratos da Tenace Engenharia e Consultoria, empresa incumbida pela Petrobras de executar o projeto, a construção e a montagem do empreendimento. “Agora, estamos com a segunda fase do projeto com a montagem em andamento, com um avanço acumulado de 92%", calcula.
O projeto de ampliação que dá origem à Clara Camarão teve início em setembro de 2009, prevendo, na primeira fase, a implantação de uma Unidade de Tratamento Cáustico - onde está sendo produzida a gasolina - de tanques para armazenamento do combustível e também de Nafta craqueada, com obras de engenharia civil das fundações, pavimentação dos diques e drenagem oleosa e pluvial. O projeto está ganhando forma dentro do pólo industrial implantado pela Petrobras no município de Guamaré, a aproximadamente 200km da capital, e também prevê a implantação de tubulações, a ampliação de subestações, automação, instrumentação, instalações elétricas e a implantação de um duto com cerca de 5km de extensão que ligará a refinaria a uma unidade de produção offshore (instalada no mar), na praia do Mioto. A segunda fase do empreendimento, que está em andamento com previsão de conclusão em 11 de janeiro de 2011, inclui a implantação de tancagem para armazenamento de diesel e de nafta petroquímica, além de outras obras e instalações.
O canteiro de obras foi montado em novembro do ano passado, mas a construção civil, efetivamente, teve início cerca de um mês depois. Para a montagem eletromecânica, a largada foi dada em janeiro deste ano. “A montagem de uma unidade como a de produção de gasolina leva geralmente de um ano a um ano e dois meses. Mas conseguimos, no caso da Clara Camarão, antecipar o cronograma. Em oito meses a unidade ficou pronta", diz o gerente de contratos da Tenace.
O início da operação não foi feito com estardalhaço. Ocorreu num momento em que a Petrobras estava em período de silêncio, em decorrência da Capitalização, e em que estava em curso o processo eleitoral para a escolha do presidente da República, de governadores, senadores e deputados no país. “Não se queria dar conotação política ao projeto", diz o coordenador de Energia do governo do Rio Grande do Norte, Tibúrcio Batista Filho.
A reportagem procurou a Petrobras para falar sobre o projeto e os impactos que o início da operação traz ao mercado e ao consumidor, mas a empresa não respondeu ao pedido de entrevista enviado na quinta-feira por meio da assessoria de imprensa, nem enviou qualquer informação solicitada sobre o assunto. A Clara Camarão é uma das cinco unidades projetadas pela Petrobras no país para elevar sua capacidade de refino para 1,2 milhão de barris/dia até 2015.
Tenace enfrentou problemas logísticos e de mão de obra
Dificuldades de logística e para encontrar mão de obra especializada, como soldadores, caldeireiros, eletricistas e instrumentistas na região de Guamaré foram os principais desafios da Tenace na implantação da primeira fase da refinaria potiguar, diz o gerente de contratos da empresa, Joir Brasileiro. Com o prazo curto para realizar a primeira fase da obra, a empresa teve de driblar dificuldades para garantir os suprimentos necessários - estando a uma distância de aproximadamente 200km da capital do estado - e de implantar diversos programas de incentivo à produção e valorização dos empregados, como forma de aumentar a produtividade. Encontrar mão de obra qualificada foi um dos maiores desafios.
As obras atingiram o pico em agosto, com 1.480 homens contratados. O volume de empregos diretos chegou em média a 800 e o de indiretos a 200. A empresa estima que aproximadamente 80% dos trabalhadores tenham sido contratados de municípios como Macau e Guamaré.
O canteiro de obras foi montado em novembro do ano passado, mas a construção civil, efetivamente, teve início cerca de um mês depois. Para a montagem eletromecânica, a largada foi dada em janeiro deste ano. “A montagem de uma unidade como a de produção de gasolina leva geralmente de um ano a um ano e dois meses. Mas conseguimos, no caso da Clara Camarão, antecipar o cronograma. Em oito meses a unidade ficou pronta", diz o gerente de contratos da Tenace.
O início da operação não foi feito com estardalhaço. Ocorreu num momento em que a Petrobras estava em período de silêncio, em decorrência da Capitalização, e em que estava em curso o processo eleitoral para a escolha do presidente da República, de governadores, senadores e deputados no país. “Não se queria dar conotação política ao projeto", diz o coordenador de Energia do governo do Rio Grande do Norte, Tibúrcio Batista Filho.
A reportagem procurou a Petrobras para falar sobre o projeto e os impactos que o início da operação traz ao mercado e ao consumidor, mas a empresa não respondeu ao pedido de entrevista enviado na quinta-feira por meio da assessoria de imprensa, nem enviou qualquer informação solicitada sobre o assunto. A Clara Camarão é uma das cinco unidades projetadas pela Petrobras no país para elevar sua capacidade de refino para 1,2 milhão de barris/dia até 2015.
Tenace enfrentou problemas logísticos e de mão de obra
Dificuldades de logística e para encontrar mão de obra especializada, como soldadores, caldeireiros, eletricistas e instrumentistas na região de Guamaré foram os principais desafios da Tenace na implantação da primeira fase da refinaria potiguar, diz o gerente de contratos da empresa, Joir Brasileiro. Com o prazo curto para realizar a primeira fase da obra, a empresa teve de driblar dificuldades para garantir os suprimentos necessários - estando a uma distância de aproximadamente 200km da capital do estado - e de implantar diversos programas de incentivo à produção e valorização dos empregados, como forma de aumentar a produtividade. Encontrar mão de obra qualificada foi um dos maiores desafios.
As obras atingiram o pico em agosto, com 1.480 homens contratados. O volume de empregos diretos chegou em média a 800 e o de indiretos a 200. A empresa estima que aproximadamente 80% dos trabalhadores tenham sido contratados de municípios como Macau e Guamaré.
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