VENENO
Por que me beijar
Para minh’alma envenenar
Se a boca que me beijou
Com seu ódio minha alma matou
Por que esse abraço ardente
Sussurrando baixinho que me ama
Se em seus olhos de serpente
Vejo a minha alma em chama
Foram tantos anos vividos
Sementes de amor germinadas
Por que viver em carnes unidos
Se nossas almas estão separadas
A cada dia que morre na noite
Minha tristeza torna-se um açoite
Lágrimas negras molham o coração
Em meio a todos e mergulhado na solidão
Palavras e atos que matam lentamente
Como um poderoso veneno letal
O ciúme destrói a tua mente
Tornando a nossa vida infernal
(*) Poesia extraída do livro:
Guamaré, Retalhos Poéticos
Autor: Gonzaga Filho
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