A
Petrobras informou ontem que aguarda a publicação da “licença de
comercialização” para a plena operação em escala comercial de usina de
biodiesel no Rio Grande do Norte. A estatal controla uma unidade de produção no
município de Guamaré que, até então, era utilizada apenas como planta
experimental de novas tecnologias. O início da operação comercial foi adiado
várias vezes.
“Para
iniciar a plena operação em escala comercial, a usina aguardará a publicação da
licença de comercialização, o que ocorrerá brevemente, capacitando a unidade a
participar dos próximos leilões (de biodiesel) da ANP”, informou em nota, após
reunião entre o presidente da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes, e o
governador Robinson Faria, ontem. A unidade, segundo a Petrobras, acaba de
receber a licença para operar comercialmente após passar por obras para
ampliação e adaptações técnicas.
De
acordo com a estatal, com a concessão da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), publicada no Diário Oficial da União na
sexta-feira passada (13/2), a unidade de Guamaré triplica sua capacidade
inicial, enquanto planta experimental, saltando de 7,2 milhões de litros de
biodiesel ao ano para 20,1 milhões para produção comercial.
Com
a ampliação, a Petrobras Biocombustível terá capacidade para cerca de 867
milhões de litros de biodiesel por ano, somando-se as capacidades produtivas
das três usinas próprias, localizadas em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e
Quixadá (CE), e duas em parceria com a empresa BSBIOS, em Marialva (PR) e Passo
Fundo (RS).
Desafio
“O
desafio é a estruturação da cadeia produtiva do biodiesel no RN de forma
sustentável, contribuindo com geração de novas oportunidades de renda e
contribuindo com meio ambiente”, disse a Petrobras.
Nesse
sentido, a Petrobras Biocombustível e a Liquigás Distribuidora promovem em
parceria uma campanha de coleta de óleo de cozinha usado no Rio Grande do
Norte.
Em
outra parceria, desta vez com a Universidade Federal do RN, a companhia mantém,
na cidade de Extremoz (RN), a 16 km de Natal, uma planta piloto para cultivo de
microalgas para produção de biodiesel. As microalgas, disse a Petrobras, tem
potencial de produção de óleo superior aos das espécies vegetais utilizadas na
produção de biodiesel, aliado à absorção de CO2 e à limpeza da água. O projeto
identificou cerca de 10 espécies de microalgas capazes de crescer em água de
produção de petróleo, uma vez que serão cultivadas nesses tanques.
Em
Guamaré, a usina de biodiesel foi inaugurada oficialmente no dia 19 de maio de
2006, com a promessa de contribuir para
o cultivo no Rio Grande do Norte de 11.500 hectares de mamona e 1.500 hectares
de girassol, que seriam utilizados como matérias-primas para a produção de
biodiesel – mas o projeto não prosperou e as cadeias produtivas perderam força.
A
primeira previsão para o começo da produção comercial de biodiesel no Estado
era o primeiro semestre de 2013. Em setembro do mesmo ano, a estatal anunciou
uma nova data de abertura, prevista para o início de 2014, o que não se
efetivou. A última data divulgada foi setembro passado.
(***) FONTE: Tribuna do Norte
Um comentário:
vai da td certo pois será um beneficio maior pra nossa cidade.e região.
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