A revista Carta Capital destaca que o Brasil vive anos de otimismo econômico e fez importantes descobertas energéticas, como o Pré-sal, para sustentar seu crescimento. Contudo, o potencial brasileiro vai além. O país é um dos poucos do mundo a possuir, majoritariamente, uma matriz energética limpa e renovável e, agora, investe para colocar de pé o seu “pré-sal nordestino”, conforme qualifica Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Este “Pré-sal” diz respeito ao potencial eólico e solar de uma das regiões mais carentes do País. “Esta é a chance de o Nordeste se tornar autosuficiente energeticamente e interiorizar desenvolvimento tecnológico e renda”, observa o governador do Ceará Cid Gomes. De acordo com levantamentos da EPE, o potencial eólico brasileiro é estimado hoje em, no mínimo, 143GW – o que equivale à produção de dez usinas de Itapu.
Alguns estados como Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco já se apressam para atrair empresas do setor e surfar na onda do desenvolvimento trazido pelos parques eólicos. Investimentos em escolas técnicas e superiores estão em curso. “O Rio Grande do Norte vai sediar todos os centros de pesquisa do SENAI em energia eólica, com investimento de 25 milhões de reais, previstos para 2012”, diz Flávio José Cavalcanti de Azevedo, presidente da CTGAS. O primeiro curso superior em energias renováveis já é lecionado no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do estado.
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