quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Hospital Walfredo Gurgel Poderá Ser Interditado

 O Conselho Regional de Medicina fixou a próxima segunda-feira como prazo máximo para a Secretaria Estadual de Saúde resolver o problema de desabastecimento no Hospital Walfredo Gurgel. Caso contrário o Cremern irá submeter ao plenário do Conselho, de acordo com o coordenador de Fiscalização, Jeancarlo Cavalcanti, a proposta de interdição no Walfredo Gurgel por conta da falta de condições mínimas de atuação dos médicos no Hospital. O desabastecimento é consequência direta da falta de orçamento da Secretaria Estadual de Saúde.
A carência de medicamentos, materiais hospitalares e outros insumos na rede estadual de Saúde, principalmente no Hospital Walfredo Gurgel, entrou de vez no debate sobre o remanejamento  orçamentário pleiteado pelo Governo para a Assembleia Legislativa. Uma petição do Ministério Público, enviada à Justiça no último dia 17, pede a liberação do remanejamento sob pena de descontinuidade nos serviços do Walfredo. O motivo é a falta de orçamento da Sesap, o que segundo o Governo do Estado só poderá ser resolvida com o remanejamento.

Como não há orçamento, não há compra de materiais e medicamentos. Dessa maneira, há carências periódicas de materiais básicos como luvas de procedimento, fios de sutura, medicamentos, ataduras do tipo crepom, entre outros insumos. A situação de penúria se arrasta há dois meses e durante todo esse tempo pacientes compram material hospitalar ou emprestavam para suprir demandas emergenciais entre os próprios hospitais da rede. Contudo, na última semana os médicos resolveram não levar mais adiante a situação.

Os chefes de setores médicos como de Unidade de Terapia Intensiva, pronto-socorro, neurocirurgia, ortopedia, entre outros, entregaram um documento à Sesap e ao Cremern pedindo a interdição do Hospital. Por conta das graves conseqüências do ato, o Cremern intercedeu junto aos profissionais para que houvesse um prazo até a próxima segunda-feira para normalizar o abastecimento. Segundo vários médicos que trabalham no Walfredo Gurgel, houve uma melhora, mas isso não indica que o estado precário tenha sido superado. Reagentes para a realização de exames médicos ainda estão em falta, além de alguns tipos de fios para sutura.

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