segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A TUCANALHA FOI DESNUDADA


Bira, a charge

Não poderia ser melhor.

Ao invés dos jornalões ou das revistas semanais comprometidas, a tucanalha foi desnudada através de um livro escrito por um jornalista que conhece profundamente os bastidores do poder, Amaury Ribeiro Jr.

O jornalista em seu “A Privataria Tucana” conta de forma clara, inclusive, com documentos, e ainda elenca uma série de personagens envolvidos com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado. Mas quem brilha mesmo é o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização.

Quem tem rabo preso não pode criticar os outros. É o caso de José Serra. Aliás, até para o uso de espionagem Serra apelou contra o seu principal concorrente dentro do PSDB, o senador Aécio Neves, que esteve em Natal e preferiu não tecer comentários sobre o assunto. Claro e óbvio. Aécio teme que coisas cabeludas venham a tona. Não duvido. A tucanalha fede. E não é a cheiro de povo não. É a cheiro de coisa ilegal.

Amaury Jr. vinha apurando o caso há vinte anos, conforme relata no seu livro. É certo dizer que não há coisa inventada, criada em laboratório. São fatos verídicos e documentados. E como ele diz. Não houve quebra de sigilo como lhe acusaram. São transações que estão em cartórios de títulos e documentos que o jornalista rastreou para fazer o seu livro fundamentado nesses documentos.

Como se vê, a tucanalha foi mesmo desnudada e não adianta querer dizer o contrário. Agora é aguardar como a imprensa comprometida vai tentar desconstruir Amaury Jr. 

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