terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PIMENTEL EXIBE NOTAS FISCAIS, MAS SE RECUSA A MOSTRAR OS RELATÓRIOS QUE TERIA FEITO PARA OS CLIENTES.


CLÁUDIO – AGORA SP

Por: Carlos Newton
Depois de afirmar que estava “tranquilissimo” quanto à legalidade dos serviços da P-21, sua empresa de consultoria, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, acabou se exaltando numa entrevista ao repórter Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo.
As explicações do ministro são muito curiosas, para dizer o mínimo. Com as notas fiscais na mão, ele disse que só teve quatro ou cinco clientes, mas não permitiu que as notas fossem xerocadas.
A parte mais interessante da entrevista é a que se refere à “consultoria” que teria sido prestada à fábrica de refrigerantes ETA, que nem atuava em Minas Gerais. Pimentel alega que tinha esquecido esse cliente, que lhe pagou R$ 130 mil, embora estivesse quase falido.
Pimentel estava com as notas fiscais dos pagamentos (R$70 mil e R$60 mil), cobrados por “Consultoria para aprimoramento da gestão empresarial com elaboração de projeto na área econômica e tributária”, mas se recusou a mostrar o trabalho que teria feito para uma empresa que estava em má situação e ele nem sabe se foi ou não à falência.
Sua justificativa é de que não poderia mostrar o trabalho, apesar não existir a exigência de sigilo entre cliente e consultor (que Palocci sempre alegou para não revelar seus “clientes”). “Não é que tem cláusula de confidencialidade. Tem é uma relação comercial”, desculpou-se Pimentel, com se a ética fosse uma des suas preocupações.
Vamos, então, transcrever a parte da entrevista referente à empresa quase falida que pagou R$ 130 mil por uma “consultoria para aprimoramento da gestão empresarial com elaboração de projeto na área econômica e tributária”, um trabalho que nem foi muito extenso, segundo o próprio Pimentel.

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