quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SELEÇÃO BRASILEIRA DERROTA O IRÃ COM GOLS DE 'VETERANOS'


Daniel Alves, em linda cobrança de falta, Pato e Nilmar garantem o triunfo da equipe de Mano Menezes na quente Abu Dhabi
Sob o forte calor de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, a Seleção Brasileira não fez uma grande exibição diante do Irã, mas conseguiu vencer sem sustos o adversário por 3 a 0, nesta quinta-feira, no segundo amistoso da Era Mano Menezes. E, apesar dos vários novatos e estreantes em campo (Philippe Coutinho, Elias, Réver, Wesley e Giuliano), foi do “veterano” 

Daniel Alves o gol que abriu o caminho da vitória em uma excepcional cobrança de falta. Pato e Nilmar, outros atletas já acostumados com a amarelinha, completaram o placar.
Sentindo o forte calor na capital dos Emirados - os termômetros marcavam 36º mesmo com o jogo acontecendo à noite -, o Brasil só conseguiu chegar ao ataque com perigo aos 12 minutos. Em jogada individual, Alexandre Pato driblou Nosrati e acabou sendo parado com falta.

Na cobrança, o lateral-direito Daniel Alves, um dos mais experientes do jovem grupo de Mano, pegou a bola com carinho e colocou com maestria no ângulo do arqueiro Rahmati. Golaço.
Na comemoração, o atleta do Barcelona, que já foi campeão do mundo com a equipe catalã nos Emirados em 2009, fez o número quatro em alusão aos quatro anos vestindo a camisa amarelinha.
A pintura de Dani Alves mudou radicalmente a cara do jogo. O Brasil passou a ter maior posse de bola e o Irã, visivelmente abatido pelo tento sofrido, diminuiu a empolgação inicial.
E, por pouco, o abatimento iraniano não piorou. Aos 16, Robinho invadiu a área e tocou para Pato. O atacante do Milan finalizou cruzado, mas Heydari cortou quase em cima da linha. Quatro minutos depois, em jogada semelhante, Robinho carimbou a trave. No rebote, Pato, sozinho, arrematou para fora.
Depois da pequena “blitz”, o Brasil tirou o pé de acelerador - muito por causa da temperatura elevada - e passou a cozinhar o jogo até o final do primeiro tempo. Na saída para o intervalo, Robinho reconheceu que a Seleção não fazia grande exibição.
- Nosso time está errando muitos passes. Temos que melhorar e fazer mais gols. O calor está muito forte e por isso o ritmo está muito lento - disse.

Elias entra no segundo tempo
No volta para o segundo tempo, Mano Menezes sacou Philippe Coutinho, que teve uma atuação apagada, e colocou outro estreante: o corintiano Elias. Mas, assim como na etapa inicial, a Seleção entrou cochilando e, por pouco, não sofreu o empate aos três minutos. Após cruzamento, Nekounan tirou Victor e acertou a trave. No rebote, Hosseini, mesmo sem nenhuma marcação, mandou a bola nas arquibancadas.

O lance despertou os brasileiros que voltaram a ter o domínio do confronto. Aos 15, Mano promoveu mais uma novidade. Sacou o “xodó” Carlos Eduardo e pôs Giuliano, meia do Internacional, que terá a chance de voltar ao Zayed Sports City em dezembro: o clube gaúcho vai participar do Mundial de Clubes e fará sua estreia no estádio.

O jogador que mais finalizou na partida, Pato foi recompensado aos 23. Após tabelinha com Elias, o camisa 9 do Brasil ampliou o marcador com um belo disparo de perna direita.
Com a boa vantagem no marcador, o Brasil voltou a cadenciar o ritmo da partida, e Mano aproveitou para fazer mais mudanças, sacando Thiago Silva e Lucas, e colocando, respectivamente, os debutantes Réver e Wesley. Aos 38, Nilmar ainda teve boa chance de ampliar, mas parou nas mãos de Rahmati, principal destaque do Irã.

Aos 46, André Santos cruzou da esquerda, Nilmar marcou o terceiro gol do Brasil e fechou o marcador. Antes do apito final, o Irã quase descontou com Teymourian, mas o atacante chutou para fora.

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