Por: Vicente Limongi Netto
Evidente que deploro motoristas irresponsáveis que causam tragédias e destroem famílias. Lamentavelmente, o trãnsito caótico e violento causa inquestionáveis transtornos. Fui e sou favorável à Lei Seca. Mas, nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Os exageros da lei aprovada pelo senado, chamada cinicamente de “álcool zero”, coloca no mesmo balaio bons e maus motoristas. Não pode ser assim. É um contrassenso, uma colossal injustiça e burrice. Onde já se viu o cidadão beber um copo de vinho ou uma lata de cerveja e ser preso, perder a carteira ou ser humilhado pelo amedrontador bafômetro?
Em nenhum país civilizado esta bobagem é lei. Triste que a demagogia de alguns políticos inexpressivos, ávidos por holofotes, sobretudo porque ano que vem tem eleições, já começa a se traduzir em injstiças e violências inacreditáveis. É a melancólica cruzada dos paranóicos. Por sua vez, o governo deixa quieto. Não diz bulhufas porque é imensamente incompetente no setor. Prefere assim porque sai do foco. Porque não resolve nem acaba com o caos nas rodoviais, não tem firmeza para diminuir a criminalidade, a insegurança que campeia em todos os lugares. A bandidagem dá as cartas. O cidadão trabalhador vive em casa, em pânico, cercado por grades e ferros.
Nesta linha, os neuróticos e adeptos da lei “álcool zero”, há dias mostraram toda sua fúria e lincharam até a morte um motorista em São Paulo que feriu pedestres. Acontece que o motorista passou mal no volante. Não estava alcoolizado. E agora? Se a moda pega? Francamente.
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