Por: Dr. Marco Polo Trindade
Aproveitei o último feriado imprensado dia 1º (primeiro) de maio, para fazer a digitalização de vários processos do arquivo morto no meu escritório de advocacia, oportunidade em que me deparei com vários documentos históricos de fatos aos quais já havia até me esquecido, aos quais me fizeram recordar alguns momentos vividos no exercício da advocacia.
Dentre os diversos documentos, o que mais me chamou a atenção, foi um de dez anos atrás, datado do ano de 2002, que subscrevi em nome dos ex-vereadores: Carlos Câmara, Claudionor Vieira e Hélio Willamy, denunciando ao Ministério público da Comarca de Macau um forte esquema de corrupção no âmbito do poder executivo, que a época era presidido pelo ex-prefeito João Pedro filho.
Essa petição que foi assinada por três vereadores da bancada de oposição ao ex-chefe do poder executivo de Guamaré, o Sr. João Pedro Filho, resultou na instauração de inquérito policial (IP- nº- 105/202) ao qual derivou da denuncia geradora da Ação Penal número- 0002172-83.2005.8.20.0105 (105.05.002172-2), envolvendo 24(vinte e quatro) denunciados por diversos crimes contra administração pública no município de Guamaré.
O processo tramitou por cinco anos na comarca de Macau (de 2005 a 2010), resultou na condenação em primeiro grau de 21 (vinte e um) dentre os 24 (vinte e quatro) denunciados, dentre eles o ex-prefeito João Pedro Filho, três dos seus filhos, e alguns parentes.
O fato interessante diante de toda essa situação foi que: quem encabeçava as denuncia era o líder da oposição na época o ex-vereador Carlos Câmara, que hoje é cotado para ser o candidato a vice-prefeito de Mozaniel de Melo Rodrigues, que foi condenado criminalmente em primeiro grau juntamente com o seu pai, dois irmãos e alguns parentes, em razão da notícia-crime feita por três vereadores e encabeçada pelo maior rival político de João Pedro e seus familiares, o ex-vereador Carlos Câmara.
Essa situação fática é uma prova irrefutável de que; em Guamaré não existe rancor ou mágoa entre políticos, muito embora alguns eleitores mais radicais ingenuamente insistem em brigar e se intrigar, até mesmo entre seus próprios parentes, tomando as dores de políticos que se abraçam entre si esquecendo todas as desavenças pretéritas.
(Recebido por e-mail)
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