sábado, 19 de novembro de 2011

DOENÇA NO CAMARÃO PREOCUPA CARCINICULTORES DO RN



Produtores de camarões do litoral sul do Rio Grande do Norte convivem com a suspeita de a doença da mancha branca - conhecida por dizimar a produção em países, como o Equador e a China, em 1999 - ter atingido o setor. Embora não haja casos oficialmente confirmados da doença, até então, alguns criadores atribuem a baixa nos viveiros à presença do vírus, responsável por formar calcificação na carapaça do camarão, o que dá origem ao nome da doença.

A notícia chega num momento em que o setor tenta recobrar o fôlego depois da queda na produção e exportações registrada no ano passado. A perspectiva, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), para 2011, é de um incremento de cerca de 20% na produção, fechando o ano com 25 mil toneladas no RN.

O diretor da Camanor, Werner Jost, conta que a mortalidade na fazenda da empresa localizada em Barra do Cunhaú chegou a 50% a partir de agosto. "Foi um golpe forte, num momento em que deixamos de exportar e nos voltamos para o mercado interno", observa o produtor. Embora admita não ter realizado exames laboratoriais, ele disse reconhecer pelas características se tratar da mancha branca.

A doença teria chegado a região de Canguaretama em meados de julho, após a constatação de casos na Paraíba, Pernambuco e Bahia, diz Jost. O presidente da ABCC/RN Itamar Rocha conta que só há confirmação de casos no Brasil, em Santa Catarina. "Por ora são rumores", afirma. Mas não ignora os efeitos da doença, que pode comprometer até 40% da produção.

Nenhum comentário: