quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

REFINARIA DE PETRÓLEO BATE RECORDE DE PRODUÇÃO



A refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré, a 165 km de Natal, produziu 1 milhão de metros cúbicos de derivados de petróleo em 2011 - recorde de produção desde que foi inaugurada, em 2001. O volume é 30% maior que o produzido em 2010. O incremento, segundo o chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no RN (IBGE),  Aldemir Freire, foi puxado pela gasolina tipo A, cujo volume produzido aumentou 272,1%, em relação a 2010. 

Enquanto isso, o volume de óleo diesel aumentou 2% e o de querosene de aviação, 7%, entre 2010 e 2011. 
No ano passado, a produção de diesel representou quase 60% do total. Em primeiro lugar, apareceu o diesel, com uma produção de 583,4 mil m³. Em segundo, a  gasolina, com  290,3 mil m³ e em terceiro o querosene de aviação, com  128 mil m³.  Os dados foram divulgados por Aldemir. A Petrobras ainda finaliza os números. 

A Clara Camarão produziu apenas diesel até 2004. A partir de 2005, começou a produzir querosene de aviação. A gasolina tipo A começou a ser produzida em 2010. A equipe de reportagem enviou uma série de questionamentos à estatal, entre elas a razão do incremento da produção de gasolina tipo A acima da média, mas não obteve as respostas até o fechamento da edição. 

Aldemir acredita que a produção continuará subindo em 2012, provavelmente ainda com a liderança no crescimento da produção de gasolina. "Todavia, a taxa de crescimento em 2012 será expressivamente inferior a de 2011. Isso porque a produção de gasolina, segundo minhas expectativas, poderá crescer a, no máximo, 360 mil m³". 

Segundo ele, o estado produz diesel e QAV em um volume superior ao consumido localmente. "Já na produção de gasolina a auto-suficiência parece que ainda não foi alcançada". Nos últimos 12 meses terminados em outubro de 2011, o RN produziu 21,3 milhões de barris de petróleo, alta de 3,10% em relação a 2010.

MERCADO

Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 11 Estados e no Distrito Federal e subiram em 13 Estados, de acordo com dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na semana terminada em 28 de janeiro de 2011.

No Estado de São Paulo, maior consumidor de hidratado, as cotações caíram 0,95% na semana. A queda ainda não foi suficiente para tornar o hidratado novamente competitivo para abastecer os carros flex. A gasolina continua mais competitiva não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, explica que a queda dos preços do hidratado em plena entressafra deve-se à percepção de que existem mais estoques de hidratado que o esperado. "Muitos produtores estão transformando o anidro em hidratado", afirma. Os preços ao produtor do hidratado já recuaram 14% em pouco mais de um mês para o seu menor nível desde junho de 2011, a R$ 1,095 por litro, de acordo com o indicador Esalq/Cepea. No Rio Grande do Norte, tanto os preços da gasolina quanto os do etanol fecharam a semana estáveis.

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