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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SERVIÇO TELEFÔNICO DE APOIO A USUÁRIOS DE DROGA JÁ ATENDEU MAIS DE 16 MIL PESSOAS EM 2013


Entre os que procuram atendimento, a maioria é de homens com mais de 35 anos, com ensino fundamental incompleto, solteiros e com renda de até cinco salários mínimos.

O serviço telefônico Ligue 132, que oferece atendimento gratuito de orientação e informações sobre os riscos do uso de drogas e seus efeitos no organismo, chegou a 16.452 pessoas atendidas em novembro. O serviço faz parte do Programa Crack, É Possível Vencer, do governo federal.

O serviço funciona em tempo integral, durante todos os dias da semana. Entre os que procuram atendimento, a maioria é de homens com mais de 35 anos, com ensino fundamental incompleto, solteiros e com renda de até cinco salários mínimos.

Na maior parte das situações, os próprios usuários de drogas (39%) ou parentes (28,6%) fazem a ligação em busca de informações (45,7%), ou para solicitar material informativo (9,6%). Informações sobre consumo de álcool (22,9%), maconha (20,8%) e cocaína (31,1%) são as mais atendidas pelos profissionais do Ligue 132.

O serviço foi inaugurado em 21 de junho de 2005 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ARMAS E DROGAS, QUAL A ORIGEM?



Por: Paulo Peres
Em: Tribuna da Internet
Nas operações policiais realizadas em favelas do Rio de Janeiro têm sido apreendidas grandes quantidades de armas e munições, segundo as autoridades. Parte desse aparato bélico foi identificado como originário de corrupção policial ou militar, pelo tipo de armas, mas grande parte não tem essa origem.
Logo, resta-nos uma pergunta: sabendo-se que as favelas não produzem armas nem munições e que a quase totalidade desse equipamento não é fabricado no Rio de Janeiro, como se explica que grande quantidade de armas e munições tenha chegado às favelas?
O jurista Dalmo de Abreu Dallari explica que, “este material bélico não é coisa que se possa transportar nos bolsos ou em pequenas embalagens, fugindo facilmente à vigilância dos controladores. Não é por qualquer caminho que se pode transportar uma carga pesada e volumosa como são as armas e munições. Como se explica que os caminhos do crime não sejam conhecidos dos organismos policiais responsáveis pela vigilância e que não sejam eficientemente bloqueados?”
Segundo o jurista, isso é muito grave e está exigindo estudos e providências urgentes e efetivas das autoridades responsáveis, porque se aplica também à entrada de armas e de drogas no Brasil por regiões de fronteira, terrestre e marítima. Nestas existe um aparato de vigilância especializado, inclusive bem aparelhado e bem armado, para coibir o contrabando desses produtos.
Maliciosamente, tentou-se aproveitar essa falha de vigilância em proveito de grileiros de terras indígenas, alegando-se que por elas é que passava esse contrabando. “Todavia”, para Dalmo Dallari, “essa tentativa de justificar a invasão de áreas indígenas não se sustentou, pois, além de serem poucas as áreas ocupadas por índios em regiões de fronteira, qualquer pessoa familiarizada com a questão indígena, inclusive as autoridades que atuam nessa área, sabe que os índios seriam os primeiros a denunciar qualquer utilização de suas terras que perturbasse sua ocupação pacífica e coerente com suas tradições.
Aqui também fica aberta a dúvida: como se justifica que as autoridades responsáveis não conheçam e não bloqueiem os caminhos usados pelos criminosos?”
Outro ponto de dúvida, nessa mesma linha, salienta o jurista Dalmo de Abreu Dallari, “é o caminho percorrido pelos traficantes de drogas para que elas cheguem, em grande quantidade, às cracolândias situadas em pontos centrais de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.
Aqui também cabe a mesma dúvida: como explicar o transporte, para aquelas e outras regiões da cidade, de grande quantidade de drogas, sem que os caminhos do crime sejam conhecidos e bloqueados? A mesma pergunta cabe também em relação a outras partes do Brasil, incluindo-se aí a passagem pelas fronteiras e o transporte interno para distribuição.
Quais os caminhos do crime para a consumação bem sucedida de seus objetivos, sem encontrar obstáculos eficientes que tornem, pelo menos, muito difícil a consecução de seus objetivos ilegais? Esse é um ponto fundamental que vem sendo objeto de indagações e preocupações em muitos lugares do Brasil.
“Existe algo a ser aperfeiçoado na legislação que prevê e determina a vigilância rigorosa e a coibição dessa caminhada criminosa?”, questiona Dalmo Dallari, “visto que os órgãos responsáveis pela defesa da sociedade nessas áreas são suficientes, estão bem aparelhados e contam com agentes bem treinados e conscientes de sua alta responsabilidade jurídica e social?”
O fechamento dos caminhos do crime é uma das prioridades do povo brasileiro e deve ser também prioridade das autoridades responsáveis, pois isso está diretamente ligado à garantia dos direitos fundamentais consagrados na Constituição, como o direito à vida, à saúde e à convivência pacífica voltada para o bem comum, fundamenta o jurista Dalmo de Abreu Dallari.
Contudo, a mídia não divulga como deveria, que os verdadeiros chefões do tráfico no Rio de Janeiro, que conseguem armas e drogas para para os seus súditos nas favela, não moram nelas, e o corrupto governador Sérgio Cabral sabe disso. Na Barra da Tijuca, por exemplo, moram muitos criminosos da elite: juízes, desembargadores, políticos, policiais, etc. E nunca ninguém pensou em enviar uma força policial é enviada para revistar os condomínios suspeitos
Na verdade, o pé de chinelo da favela é uma vítima do narcotráfico, porque as armas e as drogas, vale repetir, não nascem nessas comunidades. O que falta ser revelado são os países de suas origens, e isso parece ser segredo de estado para a mídia e para algumas autoridades, mancomunadas com essas atividades ilegais.  A impunidade reina.

domingo, 15 de janeiro de 2012

DAS 50 CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO, 14 SÃO BRASILEIRAS



Pelo menos 14 cidades brasileiras estão entre as mais violentas do mundo. A conclusão é do estudo feito pela organização não governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal divulgado hoje (13). Especialistas da entidade listaram as 50 cidades mais violentas em todo mundo. O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158.87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147.77.
No Brasil, Maceió (AL), capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar no ranking – com uma taxa de 135.26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10o lugar no ranking, com uma taxa de 78.08 homicídios para cada 100 mil habitantes;  Vitória (ES), em 17o lugar, com taxa de 67.82; Salvador (BA), em 22o na lista, com 56.98 e Manaus (AM), em 26o, com 51.21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27o lugar no estudo, com taxa de 50.85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29o, com 48.64; Cuiabá (MT), em 31o na lista, com taxa de 48.32; Recife (PE), em 32o lugar, com taxa de 48.23, Macapá (AP), em 36o, com 45.08; Fortaleza (CE), em 37o, com 42.90; Curitiba (PR), em 39o na lista, com 38.09; Goiânia (GO), 40o, com 37.17 e Belo Horizonte (MG), em 45o no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34.40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia.  
O estudo também informa que das 50 cidades, 40 estão na América Latina. Além disso, a organização alerta para o fato de que no México, as autoridades estão falsificando dados e escondendo o verdadeiro número de homicídios. A ONG diz que elas “não inspiram confiança em seus dados oficiais”, pois “há evidências de falsificação” para fazer com que a violência pareça menor do que ela realmente é.
Como exemplo, o estudo cita o caso da cidade mexicana de Juárez, que, segundo as autoridades, registrou 1.974 homicídios em 2011. Porém, o relatório da organização indica que o governo oculta pelo menos 150 homicídios. A entidade informa ainda que nesta cidade houve uma redução da violência, mas os números ainda são elevados.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A EPIDEMIA DOS DERIVADOS DA COCA



Artigo de Paulo Tarcisio Neto
                 
                Se expande como uma verdadeira epidemia o uso de drogas derivadas da folha da coca – a cocaína, o crack e mais recentemente o óxi. Basicamente, o que diferencia as 3 drogas é seu grau de “pureza” quanto aos produtos alucinógenos; o que as iguala é seu devastador efeito sobre o organismo e uma dependência física, química e psíquica só a muito custo superada.
                Se um jovem soubesse o tamanho do trabalho e sofrimento que terá para se livrar de uma dessas drogas, não ousaria, sequer, aproximar-se a primeira vez. Trata-se de uma escravidão. Mil vezes a escravidão sofrida (em tempos passados, claro) pelos negros, que tinham seus grilhões saltando aos olhos e ressaltando sua condição; o pior escravo é aquele que, ainda por cima, acredita ser livre, aquele que tem seus grilhões firmemente arraigados nos terrenos da psique e acredita piamente – ou então se esforça muito para acreditar – que é a droga que o liberta.
                Há quem afirme que uma medida que iria “amenizar” a situação seria a legalização. Confesso que não sei. Tampouco sei aonde caminha um Estado que dá ao seu cidadão o direito a escravizar-se. Como chamar a isso de Liberdade? A regra básica, pois, é não usar. Não prove. Você pode estar num grupo que, por alguma razão, consegue resistir ao vício – é verdade, ele existe – mas também pode fazer parte daqueles que nunca mais sairão. É uma Roleta Russa Química.
                A droga remodela todo o cérebro. O prazer em consumi-la é tão grande que nada mais satisfará ao indivíduo como aquilo. Depois que os neurônios já foram “impregnados”, procurar culpados ou julgar o caráter do usuário já não adiantam. Mais vale uma boa ajuda de uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, disponíveis gratuitamente nos Centro de Atenção Psicossocial (CAPES), por exemplo. A família deve estar ao lado não como Juíza, mas sim como Justa: uma mão que acaricia quando tem que acariciar, mas que deve ser firme e forte quando o tiver de ser.
Agregado a isso, sem dúvida, é necessário que se tenha um sentido de vida. Compreender que o ser humano está para além dos seus desejos que palpitam e que há algo, sim, para além de nós mesmos, E desde esse mistério último redescobrir-se, remodelar-se, num novo começo. É possível; muito difícil, mas realmente possível.  
P.S.: Texto escrito a pedidos de um leitor. Aceito sugestões. Abraços.
Paulo Tarcísio Neto
Medicina UFRN