sábado, 11 de dezembro de 2010

CIDADES DO INTERIOR DO RN GANHAM PESO NA ECONOMIA



Uma pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Rio Grande do Norte, indicando que a geração de riquezas no estado continua concentrada principalmente em Natal, mas que tem, cada vez mais, se espalhado pelo interior. Embalados pelas atividades de produção de petróleo, sal e de outros produtos minerais e agropecuários, os PIBs de cidades como Mossoró e Guamaré, de acordo com o levantamento, cresceram mais de 300%  no período de 1999 a 2008, enquanto o da capital não chegou à metade desse avanço.
“Natal tem participação de 34% no PIB e perde um ponto percentual nessa participação por ano, mas esse não é um dado negativo”, garante o chefe da unidade estadual do IBGE, José Aldemir Freire. “Quanto mais alta fosse a participação da capital mais concentrada estaria a economia do estado”, completa.

 O PIB representa a soma do valor de todos os serviços e bens produzidos em determinados período e região. É o principal termômetro para medir o crescimento econômico e, como tal, é diretamente influenciado pelo desempenho das atividades que compõem a economia. No caso do Rio Grande do Norte, o indicador somou R$ 25,48 bilhões em 2008. Só Natal respondeu por 34% dessa cifra, com um PIB de R$ 8,65 bilhões, 7,92% acima do registrado no ano anterior.

A desconcentração do PIB do Rio Grande do Norte é considerada positiva porque significa que o interior está ganhando mais condições de gerar emprego e renda, avalia José Aldemir Freire, do IBGE. Mas, apesar de a geração de riqueza estar ano a ano se espalhando por outros municípios, a concentração da economia ainda é elevada. “Temos 60% do Produto Interno Bruto saindo de cinco municípios (Natal, Mossoró, Parnamirim, Guamaré e São Gonçalo do Amarante).

Há casos extremos, como o registrado em Guamaré, uma das principais cidades no desenvolvimento da indústria de petróleo no estado. O município tem o maior PIB per capita do Rio Grande do Norte, o segundo maior da região e o 14º do país. Isso quer dizer, na prática, que se toda a riqueza produzida fosse distribuída entre os seus habitantes, cada morador teria direito a R$ 105 mil em 2008, por ano. “Só que a riqueza produzida em Guamaré não fica em Guamaré. O PIB pode ser distribuído em salários e impostos, então, por esse ponto de vista, é possível analisar que o salário que fica no município proporcionalmente é pouco. Muitos dos funcionários da Petrobras não moram no município. Os lucros e os impostos também não ficam em Guamaré.

Na lista dos 10 maiores PIBs per capita do estado aparecem também as cidades de Porto do  Mangue, Areia Branca, Alto do Rodrigues, Macau, Extremoz, Galinhos, Mossoró, Grosso e Felipe Guerra, nesta ordem. Com exceção de Extremoz, que se destaca na lista por influência da indústria de bebidas instalada no município, os demais registram produção de petróleo, de acordo com o chefe do IBGE RN.

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