Os veículos dos países que integram o Mercosul deverão rodar usando placas unificadas dentro de até dez anos. A medida vai permitir a livre circulação de carros, motos, ônibus e caminhões entre o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. A informação foi dada hoje (16) pelo ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.
A unificação das placas foi aprovada pelos chanceleres dos países do bloco, que participam de encontro em Foz do Iguaçu. A placa será igual para os países do Mercosul, com uma alusão ao bloco, mas a combinação alfanumérica vai continuar a ser determinada por cada uma das autoridades nacionais.
Segundo o Itamaraty, hoje os veículos de carga e de passageiros (ônibus e caminhões) circulam entres esses países com o Certificado de Inspeção Técnica Veicular que atesta o cumprimento das condições de segurança para o deslocamento na região. Esses veículos serão os primeiros a receber a placa do Mercosul, o que deve ocorrer a partir de 2016. Em 2018, as placas começarão a identificar também os veículos novos.
De acordo com o embaixador e subsecretário-geral para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, a unificação das placas dos carros vai trazer benefícios para os habitantes do Mercosul.
“Isso vai melhorar muito a questão da segurança e da circulação das pessoas”, afirmou o embaixador. “A ideia da placa é muito simples: é para botar o Mercosul na garagem de todos vocês”.
“A perspectiva que lançamos hoje é de que, no prazo de dez anos, já tenhamos implementado muitas decisões que vão melhorar a vida das pessoas”, afirmou Simões. Outras questões que também devem ser implementadas, segundo ele, dizem respeito ao reconhecimento dos diplomas e à melhoria da previdência social nesses países.
“Se nos primeiros 20 anos o Mercosul se concentrou muito na parte econômico-comercial, nos próximos 20 anos ele também vai se concentrar na parte econômico-comercial, porque aprovamos a consolidação da união aduaneira, mas vamos trabalhar também coisas que tenham a ver com a vida das pessoas como melhorar a questão de reconhecimento de diplomas, melhorar questão da Previdência Social e a própria questão da placa do Mercosul, que é extremamente simbólica”, disse Simões.
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