sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

POLÍCIA ELUCIDA MORTE DO JORNALISTA FRANCISCO GOMES



A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) não tem dúvida: o homicídio do jornalista e radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, está elucidado. E para confirmar isso, foram cumpridos na manhã de ontem (02/12) mandados de busca e apreensão e prisão em Natal e em Caicó, cidade onde o jornalista morava e onde ele foi assassinado.

Com a elucidação do caso, agora não restas dúvidas para a Polícia Civil que o presidiário Valdir Souza do Nascimento, que cumpre pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Grande Natal, foi o mandante do homicídio. Ele teria pago um valor em dinheiro para João Francisco dos Santos, o “Dão”, atirar e matar F. Gomes.

Além de pagar um valor não divulgado pelo delegado responsável pela investigação, Ronaldo Gomes, Valdir Souza ainda teria perdoado uma dívida que “Dão” tinha com ele. Essa dívida era proveniente do tráfico de drogas: Valdir é acusado de tráfico (e cumpre pena por isso) e o autor dos disparos contra o jornalista. O que teria motivado a ordem para o homicídio teria sido os “negócios” que Valdir teria perdido com as constantes denúncias feitas por F. Gomes.

A negociação e a ordem para a execução teriam sido dadas de dentro de Alcaçuz, através do celular, que também era usado pelo acusado para comandar o tráfico em Caicó. “Nós não podemos revelar detalhes da investigação, porque o inquérito está tramitando, mas o que podemos adiantar é esses mandados, inclusive o de prisão, foi expedido baseado em informações que conseguimos no trabalho, que já foi confirmado e esclarecido”, afirmou o delegado Ronaldo Gomes, que desde a morte de F. Gomes trabalhou quase que exclusivamente com esse caso.

Sobre o celular encontrado na cela de Valdir, o delegado afirmou que foi enviado para a perícia no Itep, mas que ainda não retornou. Os mandados de busca e apreensão, cumpridos em Natal (apenas um) e em Caicó (seis), e o de prisão para Valdir Souza, foram assinados pelo juiz da comarca de Caicó, José Vieira de Figueiredo Júnior.

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