sexta-feira, 14 de outubro de 2011

APENAS MARTE




Eu vivo sonhando acordado
Em desbravar com muita arte
O obscuro lado
Do belo planeta Marte

Não preciso de telescópio
Para observar suas belezas
É como se mergulhasse no ópio
Diante de tantas riquezas

Dois montes iguais, dois irmãos
Ápice escuro, lado superior
Um monte alto igual ao de Vênus ou de Sião
Floresta negra densa de amor

Planeta vermelho gira mundo
Lava quente jorrando em seu vulcão
Eu como um astrônomo vagabundo
Perco a noção do tempo em uma explosão

Vejo estrelas, asteroides e cometas
Em astronomia sou um amador
Mas nas noites escuras, tão pretas
Apenas transformo Marte
Em um soberano planeta de amor

(*) Poesia extraída do livro:
Guamaré, Retalhos Poéticos
Autor: Gonzaga Filho

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