Quem acompanhou a série “Brado Retumbante” exibida pela Globo deve ter pensado que aquilo foi pura ficção. Ao contrário. É claro que houve um pouco de fantasia, mas os bastidores do Poder é aquilo mesmo. A podridão dos poderes constituídos com os conchavos e o toma lá da cá não são ficções, são realidades.
A Globo, claro, para não se comprometer e sofrer processos futuros preferiu transformar a série como se fosse uma ficção, com nomes inclusive que não fazem parte dos quadros da política tupiniquim.
Contudo, “Brado Retumbante” expressou a pura realidade da política brasileira. Não se pode dizer que não há políticos sérios, comprometidos com as causas sociais e econômicas do país, no entanto, a grande maioria não corresponde à expectativa depositada por seus eleitores. Infelizmente o que foi retratado na série é o que acontece comumente na política brasileira.
Isso só vai mudar no dia em que se tiver uma reforma política séria, sem arremedos, como a que está sendo proposta no Congresso Nacional. Hoje, como sempre, o que prevalece é o jogo de interesses. E isso não é só a nível federal não. Ocorre também nos estados e nos municípios. O que importa para a grande maioria dos políticos é manter-se no poder e o povo que se exploda, como dizia aquele personagem de Chico Anísio, “deputado justo Veríssimo”.
Mas o povo tem uma arma na mão que é o voto. É preciso saber utilizá-lo sob pena de mantermos na política brasileira os velhos caciques. Este ano, por exemplo, temos eleições municipais onde estarão em jogo a cadeira de prefeito e de vereadores.
Está aí um bom momento para reflexão. O voto consciente é a melhor maneira de banirmos de vez os maus políticos.
E viva o “Brado Retumbante”
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