A data marca
o nascimento de Roquete Pinto – o Pai do Rádio Brasileiro – que em 1923 fundou
a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
De lá pra
cá, muita coisa mudou: das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de
rádio (pesados, enormes e à válvula) aos pequenos, leves e modernos rádios de
transistores.
Muitos
chegaram a defender a tese de que o rádio estaria acabando. Porém o que vemos
nos dias de hoje é que, mesmo com tanta tecnologia, o rádio continua firme e
companheiro fiel de várias pessoas.
No meu ócio,
nos meus momentos pungentes, o rádio sempre foi o meu fiel escudeiro. Será
psicose essa paixão descomunal pelo rádio? Não sei. No meu tugúrio íntimo, nas
minhas horas venturosas, não largo o rádio um só minuto.
A psicosfera
que o rádio produz reiteradas vezes é um bálsamo para o coração. Se os mais
afoitos, violentos, e de corações endurecidos ouvissem rádio, o comportamento
seria redimido numa proporção descomunal.
Dia 25 de
setembro é comemorado o dia do rádio, mas o rádio não tem dia. Ele preenche e
humaniza as nossas ações perniciosas servindo de calmante para os momentos
obsessivos de nossas vidas.
Fico a
indagar: Marconi ou Roberto Landell, Landell ou Marconi quem fez a caixinha
falar? Questiúnculas à parte, mas a voz foi transmitida pelo invento de Landell
de Moura. Uma fase de encantamento nos tomou de sublimes alegrias, quando do
surgimento do rádio a pilha.
Crianças
hiatizando momentos de espanto e alegria perguntavam: de onde vem o som se o
rádio não tem fio? O ser humano, para viver, necessita de sua bateria
portentosa, que é o coração. E para matar a curiosidade da pivetada, tivemos
que explicar o funcionamento do rádio portátil comparando-o ao corpo humano.
Como toda criança tem um ar de curiosidade indagava: essas pilhas são para
sempre? Não. O uso contínuo do rádio irá descarregá-la. E aí, indagou outra
criança. Trocamos as pilhas e ele voltará a funcionar com a mesma potência
dantes. Uma voz ao fundo dizia, que coisa maravilhosa, o homem é mesmo genial.
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