terça-feira, 24 de setembro de 2013

BIOGRAFIA DO POETA FERREIRA GULLAR


Ferreira Gullar (1930) é poeta, crítico de arte e ensaísta brasileiro. Abriu caminho para a "Poesia Concreta", com o livro "Luta Corporal". Organizou e liderou o movimento literário "Neoconcreto".

Ferreira Gullar (1930) nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 10 de setembro de 1930. Iniciou seus estudos em sua cidade natal. No início da década de 60, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde participou do Centro Popular de Cultura da extinta União Nacional do Estudante. Após a edição do A-I nº5, em 1968, Ferreira Gullar é preso e exilado em Paris e depois em Buenos Aires. Em 1977, é absolvido pelo STF e retorna ao Brasil.

A partir de 45 formou-se na poesia brasileira uma nova geração, denominada neomodernista ou pós-modernista, reagindo contra o "trivial e o supérfluo", cuja ideia foi divulgada na revista “A Ilha”. Ferreira Gullar iniciou sua obra sob os princípios da poesia concreta, logo renunciando os vanguardistas de São Paulo, numa luta para construir uma expressão própria.

Em 1954 escreveu a "Luta Corporal", livro que prenunciava a Poesia Concreta. Em 1956, depois de participar da primeira exposição de Poesia Concreta, realizada em São Paulo, organizou e liderou o grupo "Neoconcreto", no qual participaram Lígia Clark e Hélio Oiticica. Após romper com os concretistas, aproxima-se da realidade popular e do pensamento progressista da época, todo ele ligado ao populismo.

Em 1976, publica o "Poema Sujo", escrito em 1975, no exílio em Buenos Aires, que representa a solução dos problemas vividos por todos os intelectuais do período, que viram seus ideais populistas serem sufocados pela revolução de 1964.

Para o teatro Ferreira Gullar escreveu, em 1966, em parceria com Oduvaldo Vianna Filho, a peça "Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come". Em parceria com Arnaldo Costa e A.C. Fontoura, escreveu, em 1967, "A Saída? Onde Fica a Saída?". Junto com Dias Gomes, em 1968, escreveu "Dr Getúlio, Sua Vida e Sua Glória". Para a televisão, colaborou para as novelas Araponga em 1990; Irmãos Coragem em 1995 e Dona Flor e Seus Dois Maridos em 1998.

Ferreira Gullar ganhou diversos prêmios de literatura, entre eles, o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção de 2007, com "Resmungos". Também teve reconhecimento pelo Prêmio Camões em 2010. No mesmo ano, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, da UFRJ. Em 2011, recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia.

OBRAS DE FERREIRA GULLAR

Um Pouco Acima do Chão, poesia, 1949
A Luta Corporal, poesia, 1954
Teoria do Não-Objeto, ensaio, 1959
João Boa-Morte, Cabra Marcado pra Morrer, poesia, 1962
Quem Matou Aparecida?, poesia, 1962
Cultura Posta em Questão, ensaio, 1964
Se Corre o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, teatro, 1966
A Saída? Onde Fica a Saída?, teatro, 1967
Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória, teatro, 1968
Por Você, Por Mim, poesia, 1968
Vanguarda e Subdesenvolvimento, ensaio, 1969
Dentro da Noite Veloz, poesia, 1975
A Luta Corporal e Novos Poemas, poesia, 1976
Poema Sujo, poesia, 1976
Antologia Poética, poesia, 1977
Augusto dos Anjos ou Vida e Morte Nordestina, ensaio, 1977
A Vertigem do Dia, poesia, 1980
Sobre Arte, ensaio, 1983
Barulhos, poesia, 1987
Poemas Escolhidos, 1989
Indagação de Hoje, ensaio, 1989
O Formigueiro, poesia, 1991
Argumentação Contra a Morte da Arte, ensaio, 1993
Rabo de Foguete-Os Anos no Exílio, memórias, 1998
Muitas Vozes, poesia, 1999
Rembrandt, ensaio, 2002
Relâmpagos, ensaio, 2003
Um Gato Chamado Gatinho, poesia, 2005
Resmungos, poesia, 2007

Em Alguma Parte Alguma, poesia, 2010

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