domingo, 2 de outubro de 2011

Indústria eólica multiplica empregos no interior do RN



Pequenos pontos comerciais e restaurantes se intercalam com casas simples, a 116Km de Natal, na cidade de Parazinho, região Agreste do Rio Grande do Norte. O desenvolvimento demora a chegar ao município, constituído oficialmente em 1963.  
De uma população de quase 5 mil habitantes, quase 1/4 vive, hoje, em situação de extrema pobreza. Na definição do governo,  significa viver sem renda ou com até R$ 70 por mês. Até o ano passado, conseguir emprego, alí, também era difícil. Quem não encontrasse vaga na prefeitura ia parar na lavoura ou em outros municípios. Mas, há pelo menos um ano, nem sempre tem sido assim. Novas oportunidades começam a surgir embaladas por  obras e a produção de equipamentos para uma nova indústria: a que gera energia. A partir dos ventos. 

Pelo menos 19 empreendimentos que usarão essa "matéria-prima" para gerar energia deverão ser erguidos no município nos próximos anos. É o maior número previsto para o Rio Grande do Norte. E com os projetos, o número de carteiras assinadas na região também nunca foi tão grande.

Atraídos por perspectivas de crescimento abertas com a chegada dos empreendimentos, trabalhadores que haviam partido em busca de outras oportunidades regressam, negócios são abertos e movimentam, aos poucos, o município. As mudanças - também atravessadas por dezenas de outras cidades brasileiras escolhidas como sedes dos chamados parques de geração - podem ser medidas com a ajuda de alguns indicadores econômicos. Outra diferença é o perfil das oportunidades criadas. Enquanto antes era o setor agropecuário que mais contratava, agora as vagas se multiplicam para funções como alimentadores de linha de produção, serventes de obra, armadores de estrutura de concreto e pedreiros. O avanço das vagas na construção está diretamente ligado à implantação dos parques eólicos.

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