Dando sombra e frescor
Imponência e realeza
Um cântico de louvor
Era exemplo de nobreza
Para quem ali a plantou
Minha Algaroba querida
Ouvia orações ao Cristo
Hoje tombada e sem vida
Tal qual Severino Calixto
Em meu peito é uma ferida
Causada pelo Mephisto
Foi plantada com carinho
Dando sombra ao curral
Em seu galho aquele ninho
Dava morada ao pardal
Sinfonia de passarinho
Dando harmonia ao recital
Apoio aos pescadores
Com redes e tarrafas a remendar
Ouvindo prosas de amores
Ou mesmo notas de pesar
Foram atrozes suas dores
Sentido alguém a maltratar
Mataram a Algaroba por prazer
Apenas por perversidade
Com a conivência do poder
Que domina essa cidade
Não a deixaram viver
Tampouco respeitaram a sua idade
Minha Algaroba querida
Por ti eu tinha paixão
Fazia parte da minha vida
Era estrofe de minha canção
Nunca será esquecida
Sempre estará em meu coração
Gonzaga Filho
01/01/2012
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