Mês de
outubro, festas de “Ralouín” ou Halloween espalhadas por aí. Uma festa que
chegou pelas escolas de inglês, se espalhou pelos filmes enlatados da Seção da
Tarde e chegou às escolas privadas e públicas, às Universidades privadas e
públicas e, na verdade, só está faltando mesmo ouvirmos a campainha tocar,
abrir a porta e uma criança fantasiada de algo de terror nos perguntar “Doce ou
travessuras?”.
Para esta
data as instituições de ensino, as associações culturais e quem quer que seja,
no Brasil, poderiam realizar algum tipo de festa em final de outubro resgatando
figuras da nossa cultura, pois é oficial o último dia de outubro, o Dia
Nacional do Saci. Claro, a menos que esta instituição, ou associação, tenha
relação com o contexto anglo fônico, nada mais correto valorizar aspectos desta
cultura.
Mas,
sinceramente, não vejo nenhum motivo para aceitar, sem nenhuma reflexão, esta
interferência cultural, esta manifestação que não sai de nossas raízes, que
nunca fez parte de nossa história e que, pode sim, ter o seu devido lugar
manifestações e festas culturais contextualizadas.
Vale a pena,
a família brincar de fazer a festa do Saci em casa para os filhos pequenos, os
amigos de colégio se reunirem na casa de um deles para realizar esta alegre
festa fantasia à brasileira, as instituições, agremiações, associações,
abraçarem a ideia, valorizarem a iniciativa e assumirem as cores de nossa
brasilidade trazendo “a reboque” nossa música e nossa gastronomia.
Para isso
digamos um VIVA ao Saci, à Iara, ao Curupira, ao Boto, à Cobra Norato, ao Bumba
Meu Boi, às lendas da Amazônia (que conhecemos tão pouco), aos personagens de
Monteiro Lobato e a todas as figuras que eu possa ter esquecido, ou por falta
de prática, não tê-los conhecido a tempo de citá-los nesta humilde homenagem a
nossa cultura brasileira.
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