A sonda não
tripulada chinesa Chang E3 pousou neste sábado na cratera lunar Sinus Iridum, o
que transforma o país asiático no terceiro, após Estados Unidos e União
Soviética, a conseguir uma alunissagem controlada, 37 anos e quatro meses
depois da anterior.
O último
pouso controlado de uma nave na Lua foi a da sonda soviética Luna 24, da
extinta União Soviética, no dia 18 de agosto de 1976.
A Chang E3,
lançado da base aérea de Xichang no último dia 2 de dezembro, e que orbitava a
uma velocidade de 1,7 quilômetros por segundo, começou a desacelerar quando se
encontrava a 15 quilômetros da superfície lunar e pousou com sucesso às 11h12
(de Brasília).
A manobra,
que foi retransmitida ao vivo por vários canais da televisão estatal chinesa,
durou 12 minutos, nos quais o aparelho desceu descrevendo uma parábola até que
se situou a cerca de 100 metros da superfície do satélite, momento no qual
planou suavemente até pousar, quase sem levantar poeira lunar.
Durante sua
aproximação à Lua, a Chang E3 (batizada em honra a uma deusa que segundo lendas
chinesas vive na Lua) ofereceu imagens muito nítidas da superfície lunar,
ajudada pela ausência de atmosfera e por encontrar-se na face iluminada do
satélite.
Os
encarregados do programa espacial chinês escolheram a Sinus Iridum devido a sua
superfície plana, que facilitará o desenvolvimento das comunicações e que o
robô espacial receba luz solar suficiente para suas baterias, e também por se
tratar de uma área da Lua ainda não explorada.
Poucos
minutos após pousar na Lua, a Chang E3 posicionou painéis solares a fim de
acumular a energia necessária para, em algumas horas, poder liberar na
superfície o robô móvel Yutu.
Se esta
segunda manobra tiver êxito, a China alcançará outro marco, já que o único país
que até agora posicionou robôs móveis na Lua foi também a União Soviética, e a
última vez que conseguiu isso foi há 40 anos.
A China, que
por outra parte alcança hoje o primeiro pouso extraterrestre de sua história,
lançou sua primeira sonda lunar, a Chang E1, em 2007, e a segunda, a Chang E2,
em 2010.
O país
asiático tenta a longo prazo levar astronautas ao satélite terrestre, e, embora
ainda não haja uma data fixada para isso, espera-se que seja por volta de 2020,
época na qual a China também espera ter uma base espacial permanente orbitando
a Terra.
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(c) Agencia EFE
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