Palestra
ocorrida na Web.br 2013 abordou os pontos altos e baixos do mercado de TVs
inteligentes no Brasil
Acredite se
quiser: estimativas apontam que, em 2015, cerca de 90% dos pacotes de dados
transmitidos via internet serão de vídeos. Isso acontecerá graças a ascensão da
tecnologia conhecida popularmente como
Web TV, que possibilita a apreciação de programas televisivos através de uma
conexão banda larga em sistemas on demand ou via streaming (como o Netflix).
Pesquisas
apontam que, embora seja considerado um mercado emergente, o cenário de
SmartTVs ainda continua um tanto “frio” no território brasileiro: mais da
metade desses dispositivos atualmente em operação não está conectada à
internet, impedindo que seus usuários usufruam de todos os recursos que o
equipamento tem a oferecer.
Isso
acontece basicamente por uma série de fatores que desencorajam o consumidor
brasileiro a navegar nas águas da web-televisão. Falta de uma conexão de
qualidade, poucas opções de acessibilidade e carência de um hardware potente
são os principais pontos negativos encontrados hoje em dia na maioria das
SmartTVs disponíveis nas gôndolas varejistas.
O QUE É PRECISO MELHORAR?
Contudo, de
acordo com o especialista Thiago Prado (coordenador e professor de
pós-graduação da UTFPR Londrina), este cenário está prestes a se alterar
radicalmente. Palestrando durante o primeiro dia da Web.br 2013 junto com o
engenheiro de software Alex Soares, o executivo comentou sobre os esforços do
consórcio W3C em criar soluções para o desenvolvimento, padronização e
aprimoramento das SmartTVs a nível internacional.
Além de
criar grupos de interesse para programadores interessados em criar apps para
televisões inteligentes, a aliança publicou em 2011 um documento técnico
intitulado “Requirements for Home Networking Scenarios” que aborda eventuais
cenários nos quais as SmartTVs adotam um papel mais importante em um ambiente
com aparelhos conectados. O artigo também comenta sobre pontos em que os
equipamentos deverão melhorar a fim de angariar um maior número de
consumidores.
Entre esses
pontos, destacam-se a necessidade de criar um navegador nativo padronizado e de
um melhor cuidado na escolha dos dispositivos de entrada suportados pelo
equipamento – venhamos e convenhamos, não é nada confortável jogar ou navegar
por sites usando um controle remoto comum.
DESENVOLVENDO PARA A PLATAFORMA
Fábio Lima,
desenvolvedor de soluções tecnológicas do Banana Groove Studios, também
participou do debate e ressaltou a importância do SmartTV Alliance, cuma parceria entre as principais fabricantes
de televisores inteligentes que visa criar um kit de desenvolvimento universal
(SDK) para facilitar o trabalho dos desenvolvedores.
Para Fábio,
a internet já é capaz de prover uma excelente documentação para programadores
interessados em trabalhar no ramo, mas tal conhecimento ainda não é tão
disseminado quanto informações relacionadas a criação de apps para plataformas
tradicionais (como computadores e celulares).
O
desenvolvedor comenta ainda que a Web TV possui muitas vantagens sobre os
métodos tradicionais de transmissão televisiva. Além de ser um sistema simples
de usar, ele é capaz de se conectar aos outros dispositivos comumente
utilizados em nosso cotidiano e apresenta uma variedade maior de conteúdos
capazes de agradar diferentes tipos de público. E você, também acha que a TV
tradicional está com seus dias contados?
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