Organizações
da sociedade civil que há dez anos monitora o atendimento a pacientes com aids
pelo Ministério da Saúde temem um retrocesso no país. Após anúncio de mudanças
no tratamento para pessoas que acabaram de ser diagnosticadas com HIV e de
medidas para facilitar a testagem, o Grupo de Trabalho sobre Propriedade
Intelectual (GTPI) divulgou comunicado sugerindo que o sucesso do programa
brasileiro pode estar em em risco.
O documento
da ONG questiona a realização de teste rápido para HIV em grandes eventos, que
pode acabar constrangendo os pacientes na frente de pessoas conhecidas, caso o
resultado dê positivo, e a disponibilização do teste, a baixo custo, em
farmácias, a partir de 2014. Para o GTPI, o aconselhamento pré e pós testagem
são fundamentais para pacientes com HIV positivo que podem ter uma reação
inesperada ou se afastar do tratamento.
Outra
preocupação é com a oferta de medicamento para pessoas diagnosticadas com HIV
que não desenvolveram sintomas da aids. Embora a antecipação do tratamento
possa salvar vidas, pois pacientes morrem no primeiro ano após o diagnóstico, o
GTPI alerta que o tratamento deve ser focado na melhoria da qualidade de vida
do paciente e não na prevenção da transmissão.
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