Santa
Catarina - O ativista Leonardo Aguiar Morelli, de 53 anos, foi encontrado morto
em um hotel do Centro de Florianópolis (SC). Morelli era dirigente da ONG
Defensoria Social - que seria um dos braços de apoio dos Black Blocs - e
auxiliava na coordenação do grupo no país. Segundo o jornalista Altamir
Andrade, amigo pessoal de Morelli, corpo não apresentava sinais de violência e
a causa da morte seria por problemas de saúde.
A morte do
ativista só veio a público dois dias depois, na noite da última quarta-feira.
De acordo com familiares, o corpo foi encontrado na última segunda-feira e o
velório ocorreu nesta quinta, no Cemitério São Pedro, e cremado na Vila Alpina,
que fica ao lado. Segundo Altamir, Leonardo lutava contra câncer no cérebro.
O corpo de
Morelli foi encontrado por funcionários do estabelecimento, que estranharam a
demora em sair do quarto no horário do check out. Eles tentaram contato por
telefone e, sem resposta, entraram no local. Foi quando o encontraram caído, já
sem vida, entre duas camas de solteiro.
Denúncia
Segundo o
amigo Altamir, Morelli estava em Santa Catarina para ir a uma audiência em que
foi acionado por uma empresa devido as acusações feitas por ele contra ela.
Morelli também já havia acionado a companhia na Justiça. Ambos os processos
envolvem causas ambientais.
Em setembro,
quando também esteve em Santa Catarina, Morelli teria entregue a Altamir uma
carta onde fazia graves denúncias contra a mesma empresa, de Joinville, que
estaria disponibilizando areia contaminada para a produção de concreto - o que
estaria causando câncer na população.
Morelli
teria pedido para o amigo guardar o documento e só divulgá-lo caso algo lhe
acontecesse. A carta foi publicada na íntegra no blog de Altamir na noite de
quarta. Ambientalista, jornalista e ex-ferroviário, Leonardo Morelli auxiliava
a coordenação de grupos black bloc em Curitiba, onde morava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário