Os grandes
bancos do País conseguiram, após mais de um ano de discussões, chegar a um
consenso sobre o compartilhamento dos caixas eletrônicos (ATMs, na sigla em
inglês) fora das agências. A meta é em quatro anos substituir a maior parte das
máquinas próprias existentes em locais como shopping centers, postos de
gasolina e supermercados por terminais da rede Banco 24Horas, da empresa
TecBan, que tem como acionistas Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do
Brasil, HSBC, Caixa e Citibank.
“O universo total possível de caixas
eletrônicos a serem trocados é de 11 mil. A função da TecBan é levar o serviço
onde todos os acionistas estejam interessados. Eventualmente, alguns pontos
serão mantidos por estratégia particular de um ou outro determinado banco”,
explicou o diretor geral da TecBan, Jaques Rosenzvaig, em teleconferência para
imprensa, realizada ontem
Para os
clientes, conforme ele, nada muda. Todos continuam com o direito, de acordo com
a determinação do Banco Central, de fazer gratuitamente em qualquer rede do
banco ou prestadora de serviços quatro saques e duas consultas.
Expansão
A TecBan
também anunciou que pretende dobrar o seu parque de caixas da rede Banco24Horas
e alcançar 30 mil máquinas até 2020. Atualmente, são 15,3 mil e a meta é chegar
até 16 mil neste ano
O Brasil
possui o quarto maior parque de ATMs do mundo. São 196 mil caixas eletrônicos,
dos quais 14%,ou 27 mil, estão fora das agências. No mundo, essa fatia chega a
49%. Dos ATMs fora de agências no Brasil, os bancos respondem por 11,3 mil e a
TecBan por 15,3 mil.
Rosenzvaig
não detalhou, entretanto, os investimentos que a empresa fará na substituição
dos caixas eletrônicos e ampliação da rede. “Vamos comprar de 15 mil a 20 mil
ATMs até o final da década”, garantiu o diretor da TecBan.
O executivo
também não quis comentar a redução de custos que os bancos terão ao
compartilhar suas máquinas nem ao menos como foi equalizada a questão da
participação de cada acionista nas receitas da TecBan. “Não posso responder
pelos acionistas. Não vai haver nenhuma mudança material na governança e gestão
da Tecban”, resumiu Rosenzvaig.
Um dos
impasses das discussões entre os bancos, conforme fontes, foram a divisão das
receitas uma vez que não necessariamente os acionistas que detinham maior
participação na TecBan respondiam pelo volume mais elevado de transações.
Foi
decidido, conforme uma fonte, que as tarifas serão proporcionais pelo menos
temporariamente à quantidade de operações realizadas por um determinado banco.
O maior
acionista da TecBan é o Itaú Unibanco com 25,94%, segundo balanço da empresa de
2013. Em seguida, vem o Santander com 20,82%, Bradesco com 16,31% e Banco do
Brasil com 13,53%.
Também são
acionistas o HSBC (9,02%); Caixa Participações (5,95%); Citibank NA (4,51%); Banorte
(em liquidação extra judicial) (2,78%) e Banco Citibank S/A (1,13%).
Número
11 mil
Caixas eletrônicos próprios dos bancos devem ser trocados em quatro anos por
máquinas da rede 24 Horas.
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