domingo, 8 de dezembro de 2013

BRIGAS ENTRE TORCEDORES DE ATLÉTICO-PR E VASCO PARALISAM JOGO EM JOINVILLE

Hospital São José, em Joinville, para onde 
os torcedores feridos foram encaminhados

Mais uma vez no futebol nacional a briga de torcidas levará mais atenção do que o jogo. Neste domingo, em Joinville (SC), fãs de Atlético-PR e Vasco entraram em conflito no estádio que recebe a partida válida pela última rodada do Brasileirão. E a praça de guerra, com certeza, vai rodar o mundo.

Torcedores do times paranaense e carioca se provocavam, até que os mandantes invadiram a parte a que estava destinada os cariocas.

Então, as cenas foram lamentáveis, com pancadarias em vários pontos das arquibancadas e quatro torcedores feridos gravemente - sendo um deles, vascaíno, em coma profundo.

Três deles (Estevão Viana - do Atlético-PR -, William Batista e Diogo da Costa - sem clube identificado) estão na emergência do Hospital Municipal São José. O outro recebeu atendimento no próprio estádio.

Alguns fãs do Vasco invadiram o campo para fugir dos focos da confusão. A polícia entrou em ação depois de mais dez minutos do início das confusões com bombas de efeito moral e conseguiu, após muito custo, dispersar os "brigões".

Existe uma lei no estado de Santa Catarina que proíbe a presença de PMs dentro das arenas esportivas. Por isso, a segurança foi feita por cerca de 100 profissionais particulares. Por causa disso, uma das torcidas organizadas do Atlético-PR nem vendeu ingressos para crianças e mulheres. Depois, porém, 160 policiais apareceram para reforçar a segurança.

Jogadores, como Luiz Alberto e Éverton, choravam copiosamente no gramado. A expressão dos técnicos Vágner Mancini e Adilson Batista era de desolação. "Isso em um país de Copa do Mundo... Torcedores sendo agredidos, é difícil. Tô chocado, não dá. A gente acha que pessoas morreram, encurralaram, não tem necessidade disso, isso, isso não é esporte", falou o vascaíno.

"Isso é lamentável... Fica difícil, dá vontade de ir embora para casa", afirmou o atleticano.

"Eles não estão respeitando a vida. São vidas que estão aqui. Não tem policiamento! Não é primeira, segunda divisão... Estou pensando em vidas. E eles vão ser responsabilizados", falou Roberto Dinamite, presidente do Vasco, já de dentro do gramado.

"Isso não é um circo. É um lazer. Somos contra o jogo continuar assim, mas vamos conversar. Temos a informação de que um torcedor nosso está em coma profundo. Não vamos jogar assim", afirmou Antônio Peralta, vice geral do Vasco. Depois, ele discutiu duramente com Antônio Lopes, diretor do Atlético-PR, pois o ex-técnico queria que o jogo seguisse; o outro, não.


O duelo fora paralisado quando o Atlético-PR derrotava o Vasco por 1 a 0 (gol de Manoel). Às 18h30 (de Brasília), a partida foi reiniciada, com 15 minutos do primeiro tempo.

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