O poeta
Carlos Gurgel lança em Natal o recente “Mais que amor”, apresentado no mês de
julho para leitores do Rio de Janeiro e São Paulo. A obra sai com chancela da
editora carioca Ibis Libris e vem recheado por uma seleção significativa de
versos criados nos últimos dois anos – uma coleção de quase 150 poemas
distribuídos em 220 páginas. Gurgel autografa seu livro nesta quinta-feira, das
20h às 22h, no Piazzalle Mall, terceiro piso do shopping Midway Mall. Após o
lançamento, “Mais que amor” poderá ser encontrado no Zen Bar em Pium, no
Between Café da Afonso Pena e em Nalva Melo Café Salão, Ribeira.
O fio
condutor são “os desencontros humanos e a implacável perda de tudo que une,
como afeto, amor, presença”, resume o autor, sem deixar de ressaltar que “ao
mesmo tempo” declara nutre esperança “apesar de todo obscuro escurecimento”.
A ideia para
o novo livro foi desencadeada depois que Carlos Gurgel conheceu a poeta,
tradutora e editora Thereza Christina, responsável pela Ibis Libris, pela
internet. Entre papos sobre poesia e literatura, veio um relacionamento real e
o incentivo para que o potiguar reunisse o material publicado on-line com
outros textos inéditos, dando origem ao volume – o namoro findou, mas gerou uma
publicação caprichada que imortalizou o encontro dos dois.
Embora
tenham sido compostos em momentos distintos, os textos de “Mais que amor” têm
uma unidade temática em comum: o peso da solidão na vida cotidiana. “São poemas
de amor, sobre amor”, explica Gurgel. “Mas também tem esse outro lado, que é
característico do meu texto, de expor a ferida do mundo”, adiantou o poeta.
“Mais que amor” surgiu em uma fase de transição na vida e na obra de Gurgel,
quando estava “preso em uma teia de poesia e amor”.
O poeta
continua com o texto afiado e abre o leque ao examina temas universais de uma
maneira até então inédita em sua obra. “Diria que esse livro é um divisor de
águas para mim, sem dúvida alguma”, garantiu.
Há planos
para uma nova coletânea, “Vocabulário da Raça”, para 2014, livro que irá
registrar a safra de poemas que o potiguar está escrevendo agora e “pretendo
continuar produzindo até meados do ano que vem”, conta Gurgel, que cita seu
pai, o também poeta e folclorista Deífilo Gurgel, falecido no início de 2012,
como uma das inspirações para a nova fornada de poemas.
CANGAÇO EM ANGICO
A temporada
de lançamentos ganha reforço com “Angico 1938” (Sebo Vermelho Edições), de
Iaperi Araújo. Terceiro livro da saga sobre o cangaço publicado pelo médico e artista
plástico, o título será lançado hoje, às 18h, na I Feira do Livro Potiguar –
evento que integra a programação do Festival Literário de Natal (FLIN) e
movimenta a praça Augusto Severo na Ribeira desde ontem.
Em “Angico
1938” Iaperi trata da emboscada, que culminou com a morte de Lampião e seu
bando, a partir de documentos, fotografias e laudos sobre o episódio ocorrido
no sertão sergipano.
Eis um
trecho: “A sergipana Cristina era uma moça alta e meio desengonçada. Magra, de
braços longos e sobrancelhas espessas, entrou no bando de Lampião acompanhando
seu companheiro Português, quando o grupo esteve em Sergipe participando de um
baile. Namoradeira, acabou traindo o companheiro com Gitirana, um cangaceiro do
grupo de Corisco...”
SERVIÇO
Lançamento de
“Mais que amor”, de Carlos Gurgel. Nesta quinta-feira, às 20h, no Piazzalle
Mall (Midway Mall)
Lançamento
de “Angico, 1938”, de Iaperi Araújo. Hoje, às 18h, na Feira do Livro
Potiguar/FLIN – Ribeira
(**) Matéria Extraída da Tribuna do Norte
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