Para
se cadastrar é necessário coletar 5 ml de sangue,
a
ser usado em teste de compatibilidade
A
dificuldade de encontrar doador de medula óssea levou a estudante Fernanda
Evlaine a comemorar o seu aniversário de uma maneira diferente – e solidária.
Estagiária do curso de Direito na Justiça Federal, a jovem reuniu um grupo de
amigos e deu início a uma campanha que visa incentivar o cadastramento de novos
doadores. Por meio das redes sociais, Fernanda deu vida à campanha Doce
Novembro, que poderá se transformar em um grande projeto a beneficiar diversas
pessoas.
Apesar de
nunca ter precisado de doadores, a estudante explica que sempre apostou em
ações solidárias. “Esse ano eu pensei em algo diferente e que pudesse ser
permanente. Por isso pensei em fazer a doação em vida, através da medula óssea.
Juntei um grupo de amigos nas redes sociais e começamos com a divulgação. Notei
que tem muitas pessoas com sede de fazer o bem, de participar do projeto,
tomando essa grande proporção”, explicou.
Há cinco
anos os aniversários de Fernanda Evlaine vêm sendo realizados com o mesmo
propósito de fazer o bem. “Já fiz doação de sangue, trabalho com crianças,
idosos, mas nunca tinha feito uma ação relacionada à doação de medula. Essa foi
a maneira que encontrei para reunir mais pessoas em prol de uma causa de grande
importância”, afirmou.
Jaline de
Melo, amiga da aniversariante, disse que não tinha como não se contagiar com a
campanha idealizada por Fernanda. “Quando ela me disse que estava com esse
projeto, pedi que me colocasse no mesmo instante. Essa é uma mobilização que já
está envolvendo muitas pessoas, seja através das redes sociais ou panfletagem
nas ruas”, disse.
“A gente não
tem noção do que é precisar de um doador até ter conhecimento da realidade de
quem tem essa necessidade. Essa campanha está ajudando muitas pessoas a
conhecerem a realidade de outras e a importância do que é querer continuar
vivendo”, avaliou Jaline.
A chefe da
Divisão de Serviço Social do Hemonorte, Miriam Mafra, responsável por campanhas
de doação, destacou que nunca tinha visto uma campanha da especificidade e
fraternidade apresentada pela aniversariante. “A Fernanda está de parabéns. Que
isto sirva de incentivo para outros jovens que investem tanto em suas festas,
podendo contribuir com gestos solidários e de cidadania”, afirmou.
Os doadores
de medula óssea devem pertencer a faixa etária entre 18 e 55 anos. O bom estado
da saúde é fundamental. Não há restrição para grávidas ou quem esteja
amamentando, quem teve meningite, anemia ou hepatite tipo A anteriormente a
doação, e pessoas tatuadas. Não é necessário estar em jejum e quem ingeriu
bebida alcoólica no dia anterior também pode doar.
Para se
cadastrar é necessário coletar 5 ml de sangue, a ser usado em teste de
compatibilidade; identificação pessoal (RG e CPF) e endereço. Só não podem ser doadores de
medula óssea pessoa que tem hepatites b e c, HIV, sífilis, doença de chagas,
leucemia ou algum tipo de câncer no sangue.
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