À medida que
se aproximam as chamadas festas de final de ano — notadamente, Natal e
Réveillon —, lojas, comércio de rua e shoppings centers vão ficando cada vez
mais lotados, sem contar o trânsito caótico, a falta de estacionamento, as
filas... Em nome da comodidade, ou seja lá qual for o argumento, muitas pessoas
preferem realizar compras online, em sites especializados. Bem, e é justamente
aí onde mora o perigo. Nesta época do ano, os golpes virtuais crescem
consideravelmente na rede, aproveitando todo esse clima de consumismo, desinformação
cibernética e amabilidade sazonal.
Apesar de
todos os alertas e dicas, todos os anos o contingente de lesados parece
aumentar. Mas a bandidagem internética é ágil e se renova a cada efeméride,
conseguindo sempre novas vítimas, em todas as faixas etárias.
Então, muito
cuidado antes de clicar no link daquele cartão de Natal fofo, enviado por
alguém que você não lembra muito bem se um dia conheceu de verdade. Ele pode conter um vírus pronto para roubar
suas informações pessoais, senhas, dados bancários. E aí, o Natal pode não ser
muito bom.
O Procon
recomenda ao consumidor se resguardar na hora da compra, salvando e imprimindo
o quanto puder de informações sobre empresa ou site onde a compra foi efetuada.
Afim de que, caso algo dê errado, tenha provas para entrar com uma ação contra
malfeitor.
De acordo
com o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no
Brasil (CERT.br), o segundo trimestre de 2012 teve um aumento de 89% nas
notificações início daquele ano. E a curva é crescente.
Os
incidentes reportados ao CERT.br (www.cert.br), de julho a setembro deste ano
são: 46,23% de scan (varreduras para identificar potenciais alvos); 26,64% de
fraudes propriamente ditas; 8,13% de worms (atividades maliciosas); 1,62% de invasões.
Para Rodrigo
Jorge, especialista em segurança na internet, as pessoas realmente não estão
preparadas para ataques. “É uma questão de educação digital. Elas foram
educadas que a ameaça está no ladrão que vai encostar o revólver e tomar o
carro dela; que ela vai sair do banco e vai ser roubada; que o chupa-cabras vai
clonar o cartão dela na hora em que vai comprar em um estabelecimento. Mas não
está acostumada que a internet vai trazer riscos.”
DESCONFIAR É A MELHOR PREVENÇÃO
Desconfie de
tudo! Essa é uma das formas mais seguras de não se tornar alvo fácil dos golpes
cibernéticos, bastante comuns nesta época do ano, quando é grande o apelo para
se presentar gente querida e aumenta a procura pelos sites de compras na
internet. Informar-se sobre os truques mais usados pelos criminosos virtuais é
uma boa maneira — entre tantas outras — de se proteger.
Além de
estar sempre atento, é preciso também ter um antivírus original de fábrica e
sempre atualizado. Não adianta utilizar versões piratas ou as “gratuitas para testar”,
facilmente baixadas em certos sites. Esses softwares não livram a máquina da
vulnerabilidade, abrindo o caminho para os hackers e golpistas em geral.
O
especialista em segurança na internet, Rodrigo Jorge, da empresa Qualitek,
recomenda usar todas as ferramentas de segurança possíveis e adotar certos
procedimentos. Caso for usar cartão de crédito para compras online, o ideal é
que tenha um com SMS, que envia mensagens para o celular do portador, a cada
compra realizada, avisando sobre o valor debitado e a data do débito. “Se
alguém clonar o seu cartão, no mesmo momento você está sabendo”, comenta
Rodrigo.
Verificar a
reputação do site onde pretende realizar a compra é outra medida sagaz. “E aí,
existem vários sites especializados nisso. O Procon disponibiliza esse serviço
em diversos estados. Existe também um site chamado Reclame Aqui, onde é comum
você verificar a satisfação e os problemas dos usuários”, indica o consultor.
GOLPES NATALINOS
Um
computador em casa, conectado na web, é uma janela aberta para o mundo. Tudo de
bom e de ruim pode entrar. Cabe a nós lançarmos nossos filtros. Desconfie
sempre de mega-promoções cheias de facilidades, que entregam os produtos em
casa em pouquíssimo tempo. Impressionado com tanta facilidade, o desavisado vai
e passa seu cartão de crédito. Não sabe ele que pode estar tendo seus dados
pessoais roubados, clonados, e usados, posteriormente em algum tipo de golpe.
Existem
também os sites que enviam a mercadoria para a casa do cliente. “Só que às
vezes ela é fruto de roubo, vem sem nota fiscal e depois o cliente não vai ter
garantia. E ainda existem mercadorias falsificadas; você compra, ele te dá um
site legalizado, aí, quando o produto chega é uma réplica do original. Isso tem
acontecido bastante, geralmente nos sites menores”, diz Rodrigo Jorge.
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