Licitação
deverá reparar perdas nos atuais reforços de transmissão com a construção de
quatro novos linhões
O presidente
da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, está negociando a antecipação
do leilão que vai ampliar a capacidade de transmissão da energia eólica gerada
no Rio Grande do Norte.
O deputado
disse ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que a capacidade de geração
instalada já supera a demanda do estado por energia elétrica, mas tem parques
eólicos parados por falta de novas linhas de transmissão. “A capacidades das
linhas de alta tensão existentes se exauriu e o estado perde novos
investimentos”, afirmou Henrique Alves. O ministro disse que vai tentar
antecipar para o início do ano o leilão
de novas linhas de transmissão previsto para o final do próximo semestre pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
“Já
investimos um bilhão de reais e temos mais dois bilhões para ampliarmos nossos
negócios no Rio Grande do Norte”, assegurou o empresário Mário Augusto Lima e
Silva. Ele disse ter interesse em investir na transmissão de energia e no
fornecimento de equipamentos para novos parques eólicos. Mário Augusto também
descartou a possibilidade de direcionar os investimentos da empresa para
estados concorrentes como Bahia e Rio Grande do Sul.
O presidente
da Serveng Energia, Thadeu Penido, disse que os entraves burocráticos já foram
superados e que o maior problema enfrentado pelas empresas geradoras é a falta
de linhas de transmissão. “Entraves como licenciamento ambiental e do Instituto
Nacional do Patrimônio Histórico e Cultural já não nos preocupam. Precisamos
vender nossa produção”, disse o investidor, reclamando do atraso na construção
de novas redes de transmissão. Outro investidor, Márcio Severi, da CPFL
Renováveis, também reforçou a queixa dos demais, reclamando da falta de espaços
para transmissão nas redes existentes.
A licitação
deverá reparar perdas nos atuais reforços de transmissão com a construção de
quatro novos linhões. “Esse prazo, se for cumprido, nos permite a continuidade
do processo de desenvolvimento e a expansão de novos parques, já que os
geradores, pelas novas regras do leilão, também poderão participar da transmissão
da energia gerada no Rio Grande do Norte”, assegurou o secretário Rogério
Marinho.
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