quarta-feira, 26 de junho de 2013

CÂMARA DESTINA 75% DOS ROYALTIES PARA EDUCAÇÃO E 25% PARA SAÚDE

Acordo alterou proposta do governo, que previa 100% para educação.
Projeto aprovado por deputados será agora apreciado pelo Senado.

Os deputados federais aprovaram na madrugada desta quarta-feira (26) o projeto de lei que destina à educação básica pública recursos obtidos por União, estados e municípios com os royalties do petróleo e do gás natural e também com as participações especiais na extração petrolífera. O texto do projeto segue agora para apreciação do Senado.

Um acordo construído entre a base aliada e a oposição alterou a proposta original do governo, que previa o repasse integral (100%) desses recursos para a área educacional. No encontro de segunda (24) com governadores e prefeitos, em que anunciou cinco pactos nacionais (um deles pela educação), a presidente Dilma Rousseff disse que confiava na aprovação pelos parlamentares dos 100% para a educação.

O texto substitutivo apresentado pelo relator da proposta, deputado André Figueiredo (PDT-CE), obriga as três esferas públicas a aplicarem 75% dos royalties na educação e 25% na saúde.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), advertiu os colegas de Legislativo que não há compromisso do Palácio do Planalto de sancionar as modificações promovidas de última hora no projeto.

O texto de André Figueiredo alterou parte das regras propostas pelo Executivo com relação ao início dos repasses.

Parlamentares oposicionistas e até mesmo da base aliada reclamaram em plenário que, de acordo com o texto do governo, os primeiros recursos dos royalties na educação começariam a ser aplicados somente daqui a dez anos. A proposta do governo era usar as receitas decorrentes dos contratos assinados a partir de 3 de dezembro de 2012.

O relator do projeto, no entanto, modificou essa previsão, obrigando o repasse do dinheiro obtido com os pagamentos dos royalties da exploração petrolífera de parte dos contratos em vigor nos campos ainda não explorados comercialmente.

Ou seja, se a comercialidade do poço petrolífero foi declarada depois de 3 de dezembro do ano passado, os royalties gerados por essas estruturas já serão aplicados na educação e na saúde.
Fundo Social

Além das receitas dos royalties, o substitutivo do parlamentar do PDT garantiu que 50% dos recursos recebidos pelo Fundo Social – uma espécie de poupança formada por recursos que a União recebe na produção do petróleo da camada pré-sal – serão destinados para educação e saúde, respeitando-se a divisão proporcional determinada para as duas áreas (75% e 25%).


Na proposta original do governo, apenas seriam aplicados em educação somente metade dos rendimentos do Fundo Social.

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