Um dos
quesitos que mais os desagradam na PM, por exemplo, é a questão de agressões e
insultos verbais proferidos pelos profissionais
Além de ser
o terceiro estado do Brasil com o maior número de vítimas de violência urbana,
com 31,3% de sua população já tendo sofrido algum tipo de crime, o Rio Grande
do Norte também é um dos que menos acreditam em suas instituições policiais e
um dos que menos prestam queixa pela violência sofrida no país, conforme a
Pesquisa Nacional de Vitimização, realizada pelo Datafolha e acompanhada pelo
Centro de Estudos da Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal
de Minas Gerais (Crisp/UFMG).
Conforme o
estudo, 85,8% das pessoas vítimas de algum tipo de crime no Estado não
denunciam o caso à polícia porque não acreditam que o caso será resolvido ou o
bem, restituído. E, daquelas que chegam a ir até uma delegacia para registrar o
crime sofrido, 45% saem de lá totalmente insatisfeitas com o atendimento ou a
atuação dos profissionais. Entre as capitais brasileiras, Natal tem apenas
15,1% de notificação de crimes sofridos, um dos mais baixos do país.
A
subnotificação acontece principalmente nos casos de assaltos ou roubos,
agressões, fraudes e ofensas sexuais. Por causa disso e também pelas condições
precárias que as instituições policiais atuam, apenas 14,9% das pessoas
consultadas no Estado disseram confiar na Polícia Civil e outros 13,9%, na
Polícia Militar.
Os
potiguares consultados afirmaram ainda que um dos quesitos que mais os
desagradam na Polícia Militar, por exemplo, é a questão de agressões e insultos
verbais proferidos pelos profissionais durante o atendimento. Neste quesito, o
Rio Grande do Norte fica empatado em quinto lugar com o Acre no ranking
nacional, com 8% de incidência.
Outro
quesito analisado pelos pesquisadores foi o índice de satisfação com a atuação
da polícia nos casos denunciados à polícia. De 12 tipos de violência citados,
apenas os crimes de roubo de carros teve 100% de aprovação pela população. Já
com relação à atuação das autoridades com relação aos crimes de roubo de
motocicletas e de ofensas sexuais denunciados foram totalmente reprovados, com
0% de aprovação.
(**) FONTE: Jornal de Hoje
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