Para realizar um sonho, o escritor e
pós-graduado em literatura
e cultura potiguar, Thiago Gonzaga foi longe.
Para
realizar um sonho, o escritor e pós-graduado em literatura e cultura potiguar,
Thiago Gonzaga foi longe. Ele entrevistou quarenta pessoas que, de alguma
forma, atuam em favor da poesia e prosa do Estado. O resultado será revelado
logo mais, às 18h, na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras (rua
Mipibu, nº443), durante o lançamento do primeiro volume de Impressões Digitais
– Escritores Potiguares Contemporâneos. Fruto de um ano de encontros e
pesquisas, o livro fará parte de uma trilogia que pretende servir de introdução
ao trabalho dos envolvidos.
Nomes como
Paulo de Tarso Correia de Melo, Manoel Onofre Júnior, François Silvestre,
Nelson Patriota, Abimael Silva e Pablo Capistrano preenchem, nesta edição
inaugural, mais de 400 páginas com suas pequenas biografias literárias. “Cada
escritor é um mundo. O único critério que usei para escolhê-los foi estar em
atividade, escrevendo”, diz Thiago.
Amante da
literatura potiguar, o jovem autor possui uma biblioteca com mais de dois mil
títulos com produção local, o que facilitou na hora de definir o projeto.
Bancado com recursos próprios, Impressões Digitais o fez percorrer várias
regiões do Rio Grande do Norte, em busca dos responsáveis por um segmento
artístico com baixa valorização estatal. “Nas entrevistas, percebi dois sentimentos
comuns nos autores: primeiro, todos, claro, têm uma evidente paixão por livros,
como o caso do ex-desembargador Manoel Onofre Neto que se aposentou para se
dedicar com exclusividade à literatura. Segundo, existe uma espécie de revolta
com o apoio do poder público. Todos falaram da dificuldade de publicar e romper
com muros provincianos”. Parte das
quinhentas cópias prensadas estará disponível em bancas e livrarias da cidade.
“É um livro de interesse coletivo”.
Dificuldades
foram encontradas para conseguir agendar entrevistas. “Abimael Silva foi
difícil, ele é muito arredio a dar entrevistas. Mas consegui convencê-lo”,
comemora Thiago, também responsável por livros, como Literatura Etc – Conversas
com Manoel Onofre Jr., A Felicidade é uma Arma Quente, e pela coautoria de Nei
Leandro de Castro: 50 Anos de Atividades Literárias.
Ainda que a
delimitação geográfica tenha sido preponderante, foram considerados
‘forasteiros’, como a portuguesa Conceição Flores e o mineiro José de Castro.
Com convite do presidente da ANL, Diógenes da Cunha Lima, Impressões Digitais
perpassa os anos mais recentes da história da literatura potiguar e mostra o
que pensam e o processo criativo de intelectuais das letras.
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