sábado, 20 de julho de 2013

HENRIQUE PEDE PARCERIA DA PETROBRAS EM PROJETOS NO RN


Desde que assumiu a presidência da Câmara Federal, Henrique  Eduardo Alves, exibe todo o seu prestígio político marcando, pelo celular, encontros com ministros, presidentes de estatais e secretários ligados às políticas federais de governo.

Ontem (18), segundo o jornal Folha de S Paulo, Henrique interrompeu uma reunião da presidente da Petrobras, Graça Foster, no Rio de Janeiro, para pedir investimentos  da companhia no Rio Grande do Norte.

Ele estava acompanhado do presidente da Federação da Indústria, Amaro Sales, e do secretário Rogério Marinho, de Desenvolvimento Econômico.

Procurados nesta sesta-feira pela manhã pelo JH, nem Amaro e nem Rogério, que participam hoje, às 19 horas, do lançamento do cronograma de atuação da consultoria Macroplan, contratada para realizar o banco de dados do projeto Mais RN, retornaram as ligações.

Na última quarta-feira, no lançamento da I Feira da Indústria Potiguar, marcada para dezembro, Amaro Sales, em discurso, qualificou a retração dos investimentos da Petrobras como um cenário preocupante.

Ontem, a única informação que saiu do encontro com Graça Foster foi o previsível interesse do governo do estado em desenvolver novas parcerias com a Petrobras, cuja produção vem decrescendo visivelmente nos campos potiguares nos últimos anos. Hoje, gira ao redor dos 61 mil barris diários.

O reflexo disso nas empresas prestadores de serviço, não é de hoje, preocupa a governadora, que é de Mossoró, uma região cuja exploração de petróleo e a fruticultura não vivem os melhores dias.

Publica a Folha que Henrique Eduardo convidou Graça Foster  para ser uma das palestrantes, em agosto, do seminário de um dia promovido pelo jornal diário do qual o parlamentar é presidente.

O diário paulista lembra, na mesma reportagem, que enquanto isso, no Maranhão, a Petrobras estuda uma parceria com a chinesa Sinopec para construir a refinaria Premium I, com capacidade para refinar 600 mil barris diários de petróleo. E no Ceará, avança a parceria para a construção de uma refinaria (Premium II), de 300 mil barris diários, que poderá ser feita com a sul-coreana GS Caltex.
O jornal lembra que, no caso do Ceará, a iniciativa da Petrobras teve intensa participação do governador Cid Gomes. Aliás, na ocasião, a própria presidente Graça Foster teria sugerido a Gomes encontrar parceiros para viabilizar a construção da unidade. E teria limitado o preço da refinaria em US$ 11,4 bilhões, segundo o próprio governador informou à Folha em julho do ano passado.

No fim da meteórica passagem do deputado Henrique Eduardo pelo Rio, ainda segundo o jornal, Graça Foster teria pedido para que ele encaminhasse as tais propostas de parceria para uma avaliação. E lembrou que o RN já tem uma planta (a Clara Camarão), também conhecida como mini refinaria, com processamento de 35 mil barris diários.

Hoje à noite, o presidente da Fiern, Amaro Sales, deve citar esse encontro com a presidenta da Petrobras e fornecer alguma razão adicional para se acreditar na consistência da política econômica do governo Rosalba.

Desde que assumiu a presidência da Câmara Federal, um dos cargos mais influentes da República, Henrique movimentou Natal com uma verdadeira maratona de personalidades do primeiro e segundo escalão de Brasília.

Um deles foi Neri Geller, secretário nacional de políticas agrícolas, que esteve no RN em abril. A reunião foi demandada com tamanha urgência por Henrique que obrigou Geller a sair de uma reunião da Casa Civil da Presidência, em Brasília, direto para o aeroporto, com a roupa do corpo. “Fazer o que, o homem mandou”, teria comentado no dia seguinte.

Da vinda de Geller foi anunciada a doação de 12 mil toneladas de milho que chegariam no Porto de Natal e serem recepcionadas e distribuídas pelo Governo do Estado. Até agora, passado mais de três meses, só 60% da carga chegou ao estado e está sob a guarda da Conab.

Mais recentemente, o deputado convocou – por telefone – a presença de um alto diretor do Banco do Nordeste para prestar explicações sobre a postura da instituição acerca do endividamento rural.


Ontem, foi à vez da presidenta da Petrobras, Graça Foster, interromper uma reunião para atender mais uma demanda do deputado Henrique. Uma pungente indústria de pedidos.

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