O
Correio/Diário teve acesso a uma lista de nomes de 94 funcionários de nível
médio da Câmara dos Deputados que recebem salários bem acima dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), cuja remuneração é usada como referência para o
teto constitucional dos vencimentos no serviço público. Esses servidores de
carreira técnica custam à Casa cerca de R$ 44 milhões por ano.
Os salários
brutos mensais variam entre R$ 42.805 e R$ 31.233, e os valores líquidos, de R$
29.639 a R$ 21.774 segundo checagem realizada na seção de “transparência” da
página eletrônica da Câmara. Ministros do STF recebem remuneração básica de R$
28.059. No caso dos que estão também no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há
uma gratificação extra, de R$ 3.086, que eleva o ganho total para R$ 31.145 ao
mês.
Mesmo esses
ministros mais bem pagos do que os demais colegas do Supremo perdem a corrida
salarial para o grupo de funcionários de nível médio da Câmara: levam para
casa, depois do pagamento de todos os tributos, R$ 21.133. Foi considerada, no
caso do Supremo, a remuneração de maio, já que a de junho incluía pagamento de
adicional de férias, o que não ocorreu no caso dos funcionários da Câmara. No
Superior Tribunal de Justiça (STJ), os salários giram em torno desses valores,
com alguma variação por conta de itens eventuais. No contracheque mensal, um
parlamentar fica, após os descontos, com R$ 18.080.
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