Em 1968 foi perfurado mais um poço, na
atual Rua Castro Alves [na época um prolongamento da Rua da Gameleira, atual
Marechal Deodoro]. Dessa vez foi usada uma perfuratriz potente, uma sonda da
CPRM – Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais. Juntava gente,
principalmente à noite, para ver o trabalho de perfuração. O resultado final
apresentou água surgente, com temperatura em torno de 60 graus centígrados, com
odor, não potável. Mas servia para o “gasto”. Deixaram um pedaço de tubo
horizontal, jorrando água quente para o solo.
Foi logo após a perfuração desse poço
que surgiram as “roladeiras”, um barril onde eram fixadas duas tiras de
borracha grossa, paralelas, na circunferência do barril, para que ele rolasse
sobre essas “rodas”, era empurrado através de um “varão”, um vergalhão em “U”,
com as extremidades acopladas em pontas de eixo nas laterais [tampas fixas do
barril].
No poço se formavam longas e
barulhentas filas de “roladeiras” e de latas, e aconteciam tumultos e brigas,
como nas cisternas. Também vieram pessoas de vários lugares, de cidades
distantes, para lavar suas feridas e micoses, quando souberam que outras haviam
se curado de problemas de pele, banhando-se ali.
Passaram-se quase 30 anos surgindo
água desse poço. A Rua Castro Alves, onde ele foi perfurado, ficou conhecida
como “Rua do Poço”. Na metade da década de 1990, fizeram dele uma “fonte”,
porém, pouco tempo depois o poço parou de jorrar. Página 132
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