Segunda
classe,
Tarsila
do Amaral, 1933.
Esta tela, nos mostra famílias de imigrantes, seus filhos
descalços, com os pés no chão. Tarsila mostra com sensibilidade, a realidade
brasileira da época, da década de 1930. O Brasil passava por momentos de crise
política e econômica e os imigrantes chegavam para ajudar nas lavouras. O
semblante triste e caído revela o cansaço dos trabalhadores e a falta de
esperança, num momento de crise que vivia o Brasil de Vargas.
Em ambas as telas, Tarsila do Amaral nos apresenta o Brasil de sua
época. Um Brasil que buscava a industrialização e o desenvolvimento, mas para
isso precisava dos Operários para a indústria e a Segunda classe, para
trabalhar nas lavouras de café. Trabalhadores que formavam uma classe
marginalizada e explorada, que ajudava no enriquecimento do país, mas que era
excluída dos benefícios de seu trabalho.
1º de Maio é uma data importante e deve ser lembrada pela luta do
operariado no mundo todo. Os direitos do trabalhador, rural e industrial, foram
temas de lutas pelos sindicatos durante décadas, para que hoje o operário brasileiro
tivesse uma vida mais digna. O movimento sindical no Brasil foi marcado por
muitas lutas, nas quais fizeram parte o ex-presidente Luís Inácio da Silva.
Hoje o Brasil tem uma classe C emergente mais forte, com maior
poder aquisitivo que na época dessas telas de Tarsila do Amaral, mas nem por
isso as reivindicações foram totalmente aceitas. Ainda há muito por fazer,
muito por lutar, pela dignidade do trabalhador brasileiro. Para que esse
trabalhador ou trabalhadora, que às vezes não tem onde deixar seu filho para ir
trabalhar, tenha condições dignas de trabalho.
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