segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CÂMARA DEVE DISCUTIR OBRIGATORIEDADE DE SIMULADORES EM AUTOESCOLAS


O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), apresentou na última terça-feira um requerimento para dar prioridade à votação de um projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos da resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que obriga o uso dos simuladores em autoescolas.

Não há prazo para a matéria ser analisada. Segundo o deputado, há indícios de que a medida foi elaborada para beneficiar apenas quatro empresas que detêm a tecnologia dos simuladores, já que não há argumentos técnicos que justifiquem a necessidade dos aparelhos.

O líder afirmou ainda que obrigatoriedade vai onerar os condutores, que pagarão entre 20% a 30% a mais para tirarem a carteira de motorista, uma vez que cada aparelho custa R$ 40 mil, fora o custo de manutenção.

Essa é a segunda ação do deputado sobre o caso. Ele já havia ingressado com ação popular com pedido de liminar na Justiça Federal contra a resolução do Contran. A ideia do sistema, diz o Contran, é utilizar tecnologias de realidade virtual para o aprimoramento do processo de formação de motoristas.

Segundo o Ministério das Cidades, estudos feitos pelo governo norte-americano comprovaram que o uso do simulador de direção de carro pode reduzir pela metade o número de acidentes nos 24 primeiros meses após a retirada da habilitação. O equipamento ainda desenvolve as habilidades sensoriais e motoras do motorista, assim como os conhecimentos teóricos das regras de trânsito e o autocontrole emocional. Além disso, permitirá ao futuro motorista treinar os controles do veículo e se colocar em situações similares às que ocorrem em vias públicas, antes das aulas práticas de volante.

O Denatran (Departamento Nacional de Transito), órgão do Ministério das Cidades, solicitou à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em 2009, a elaboração de estudos a respeito do uso simulador de direção para complementar a formação dos condutores. Os pesquisadores concluíram que o equipamento treinará os motoristas fora das vias públicas, o que garantirá a sua integridade física e a do instrutor.


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