O presidente
da Associação norte-rio-grandense de Criadores de Camarão (ANCC), Orígenes Neto
afirmou que a criação do crustáceo no estado é “acometida em tempos, em tempos”
por endemias, sendo um delas a “mancha branca”. O vírus deixa o camarão
intestino vazio, cor ligeiramente rosada e pode ou não apresentar sais de
cálcio na casca.
Orígenes
declarou que a doença provoca redução “significativa” na produção do camarão,
mas não soube mensurar o quantitativo da perda. “Acredito que algumas fazendas
reduziram sua produção em mais de 50%”, apostou Neto sobre os viveiros do
litoral sul acometidos pela doença.
Segundo o
presidente da ANCC, dos 500 produtores do estado, 200 estão concentrados no
litoral Sul e, aproximadamente, metade destes estão prejudicados com a proliferação
da “mancha branca”.
“Isso
acontece porque o Ministério [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] liberou
a importação de camarão, responsável por trazer a doença para o país. Mas a
‘mancha branca’ será superada”, afirmou Orígenes.
Na tentativa
de minimizar os impactos, Orígenes Neto contou que os produtores estão se
adaptando a maneira de criar o camarão, como o melhoramento do manejo. Ele
ainda acrescentou que as orientações elaboradas no protocolo de manejo e
biossegurança já está sendo colocada em prática.
“É uma
questão de tempo, de adaptação. A doença não será sanada, mas aprendemos a
conviver com ela. Isso aconteceu em vários países que sofreram com a doença”,
disse. Ele informou que Ásia, que enfrenta a “mancha branca”, triplicou sua produção
do crustáceo.
Orígenes
ressalta que a “mancha branca” não é transmitida para o humano que consumir o
camarão infectado.
(***) FONTE: Portal no Ar
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