Tomie
Ohtake, natural de Kyoto (Japão) chega ao Brasil em 1936 e fixa-se em São
Paulo. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês
Keisuke Sugano. Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró,
Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros. Em 1969, começa a
trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em
metal. Realiza diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa
Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na
Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos
oitenta anos da imigração japonesa no Brasil e painéis para o Memorial da
América Latina. Em 2000, é lançado em São Paulo o Instituto Tomie Ohtake,
idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake.
A seu
respeito escreveu Clarival do Prado Valladares: “De acordo com alguns críticos,
a pintura de Tomie Ohtake corresponde a um dos pontos mais elevados do
abstracionismo já produzido no Brasil. (...) Quando observamos as grandes
manchas das telas de Tomie Ohtake percorrerem quase o imensurável das variações
tonais de uma cor básica, ocupando uma superfície como se todo universo se
resolvesse naquela experiência e naquele momento, sentimo-nos bem próximos de
uma exegese da pintura.”
*FOTO: Catálogo Odorico Tavares - A
Minha Casa Baiana: Sonhos e Desejos de um Colecionador (pág. 310). Imprensa
Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo, 2005.
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