No ano em
que processo do mensalão, considerado um dos maiores escândalos políticos da
história do país, começou a caminhar para um desfecho, com a prisão de parte
dos condenados, o Brasil voltou a ser mal avaliado sobre a corrupção no setor
público.
O país ficou
em 72º lugar entre 177 países segundo o Índice de Percepção de Corrupção (IPC),
divulgado nesta terça-feira pela Transparência Internacional. A edição deste
ano conferiu ao Brasil a nota 42, em uma escala que vai de zero (mais corrupto)
a 100 (menos corrupto).
Em 2012, o
Brasil ocupou a 69ª posição entre 176 nações, com nota 43.
O ranking é
baseado em opiniões de especialistas e pesquisas de 13 entidades internacionais
de acordo com o nível de percepção percebida nos governos de cada um desses
países.
O resultado
deste ano, apesar de apontar uma ligeira queda, foi considerado 'estável' pela
entidade e posiciona o Brasil em empate técnico com a África do Sul, Bósnia
Herzegovina, Sérvia e São Tomé e Príncipe.
O país permanece,
contudo, atrás de vizinhos sul-americanos, como o Uruguai (19º lugar) e o Chile
(22º), e de outros emergentes, como Arábia Saudita e Gana (ambos na 63ª
posição).
ÍNDICE
Criado em
1995, o Índice de Percepção da Corrupção é divulgado anualmente pela
Transparência Internacional, entidade com sede em Berlim, na Alemanha.
O ranking é
considerado a mais importante avaliação sobre como a corrupção é percebida no
setor público de cada país.
Como a
corrupção é difícil de ser medida, uma vez que inexistem dados estatísticos
sobre o montante de recursos desviados, escolheu-se estabelecer a classificação
com base em pesquisas e opiniões de analistas de 13 entidades internacionais,
como o Banco Mundial e do Fórum Econômico Mundial.
A partir de
2012, a Transparência Internacional decidiu mudar a metodologia da pesquisa, o
que impede a comparação com pesquisas de anos anteriores.
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