Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,
divulga dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged)
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por: Pedro Peduzzi
Em: Agência Brasil
Em agosto,
foram gerados 101.425 postos formais de trabalho no Brasil, resultado de um
total de 1.748.818 admissões ante às 1.647.393 demissões registradas no mês.
Isso representa um crescimento de 0,25%, na comparação com o mês anterior (julho).
No mesmo mês (agosto) de 2013, foram criados 162.160 empregos com carteira
assinada.
Os dados
constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje
(11) pelo Ministério do Trabalho.
Conforme o
ministério, o resultado de agosto é o melhor dos últimos três meses. O saldo de
empregos gerados durante o ano está em 751.456 (expansão de 1,85%). Nos últimos
12 meses, foram criados 698.475 postos de trabalho (incremento de 1,72%). Entre
janeiro de 2011 e agosto de 2014, foram gerados 5.631.534 empregos.
Segundo o
ministro do Trabalho, Manoel Dias, o resultado positivo era esperado pelo
governo federal, que mantém a projeção de 1 milhão de empregos a serem gerados
em 2014. “Tudo que dissemos está acontecendo”, disse. “Já tínhamos indicadores
de que iríamos melhorar a partir deste mês. É o que os dados estão confirmando
hoje, ao contrário do que tem sido especulado, principalmente pela imprensa”,
ressaltou.
Ele destacou
que o país tem conseguido manter um modelo que sustenta o emprego com ganhos
reais de salário, ao mesmo tempo em que mantém a economia irrigada. Argumentou
que, se há uma diminuição no ritmo de contratação na comparação com anos
anteriores, é porque o país vive uma situação de pleno emprego. Antes, lembrou
o ministro, havia mais espaço para crescimento. "Agora, com o pleno
emprego, o resultado, apesar de menor, é positivo".
“Não se gera
101 mil empregos por acaso. Não se trata de pesquisa de cunho pessoal, como
outras que têm sido apresentadas, que têm por base opiniões [subjetivas] e
projeções feitas por pessoas. O que estamos apresentando aqui são dados reais
sobre o números de empregos gerados. Dados fornecidos pelas próprias empresas”,
argumentou o ministro.
Dos oito
setores da atividade econômica pesquisados, seis apresentaram bom desempenho em
agosto, segundo o ministério. O destaque ficou com os setores de serviços, que
geraram 71.292 novos postos de trabalho; de comércio (40.619); e de construção
civil (2.239). A indústria da transformação registrou declínio de 4.111 postos.
No entanto esse número representa, conforme o ministro, “desaceleração no ritmo
de queda”, se comparado ao resultado apresentado nos meses anteriores
(diminuição de 27.472 e de 15.392 postos em junho e julho, respectivamente).
Todos os ramos
do setor de serviços apresentaram crescimento, conforme os dados. O destaque
ficou com os de ensino (mais 22.409 postos criados); alojamento e alimentação
(18.711); comércio e administração de imóveis (14.916); serviços médicos e
odontológicos (11.023); transportes e comunicações (3.092); e instituições
financeiras (saldo de 1.141 novas vagas).
Segundo o
ministro Manoel Dias, a perda de 9.623 postos de trabalho no setor agrícola se
deve a motivos sazonais. “Certamente este será um setor que apresentará melhores
números em setembro e outubro”, comentou. Acrescentou que todos os acordos
coletivos tiveram aumento real de 10% acima da inflação.
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