Por: Carlos Newton
Muito
importante a pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os manifestantes
em São Paulo, na última quinta-feira, mostrando que, apesar de não figurar na
lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto, o presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, aparece como o preferido para
suceder Dilma Rousseff.
De acordo
com o instituto, Barbosa foi mencionado por 30% dos entrevistados, contra 22%
da ex-senadora Marina Silva, que tenta montar a Rede Sustentabilidade para
concorrer ao Planalto em 2014. E a presidente Dilma (PT) aparece em terceiro na
lista, com 10% das menções. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 5%, e o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com apenas 1%, vêm logo a
seguir.
A margem de
erro da pesquisa, que entrevistou 551 manifestantes, é de 4 pontos percentuais
para mais ou para menos. No limite, Barbosa e Marina poderiam ter 26% das
preferências, mas, segundo o Datafolha, a probabilidade de que esse cenário
seja real é muito pequena. Barbosa realmente lidera nessa importante faixa de
público, que é formadora de opinião.
ROMARIA
A verdade é
que já se formou uma romaria de partidos atrás de Joaquim Barbosa, para
convencê-lo a sair candidato. Por sua postura nos últimos meses, dando
entrevistas consecutivas e procurando os holofotes da mídia, tudo leva a crer
que o presidente do Supremo realmente sairá candidato. Ele tem até o início de
outubro para se filiar a algum partido.
O problema
para candidatos como Barbosa e Marina, é o pequeno tempo no horário eleitoral,
mas essa lacuna poderá ser compensada com a exposição nos telejornais, que os
dois terão, com toda certeza. E o falecido Enéas Carneiro já provou que pouco
tempo no horário eleitoral também pode ser uma boa arma.
Como ainda
falta muito tempo para a eleição e nem a própria Dilma Rousseff sabe se será
mesmo candidata, pois Lula está cada vez mais animado a concorrer, pode-se imaginar muita coisa, como o
lançamento de uma chapa Joaquim Barbosa-Marina Silva, que verdadeiramente
abalaria a República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário