Após noite de protestos que tomaram conta do
país, presidente cancelou
duas viagens para discutir ações de urgência
na área de segurança
Quinze dias
após o início das manifestações populares e de uma noite de protestos que
tomaram conta do país, a presidente Dilma Rousseff participa, neste momento, de
uma reunião de emergência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no
Palácio do Planalto. Dilma deve pedir a Cardozo um balanço da situação e
discutir ações emergenciais na área de segurança.
Apesar de a
agenda da presidente trazer apenas o nome do ministro Cardozo para a reunião, a
assessoria do Palácio do Planalto afirmou que também devem participar da
conversa os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. No
encontro, será avaliada a possibilidade de Dilma fazer um pronunciamento
oficial à nação.
Nesta
quinta-feira, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em atos realizados em
mais de cem cidades do país. Apesar do espírito pacífico da maioria dos
manifestantes, a violência cresceu durante os protestos: uma pessoa morreu
atropelada em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo; em Brasília, a polícia
precisou reprimir a tentativa de invasão e a depredação do Palácio do
Itamaraty; e, no Rio, pelo menos 62 pessoas ficaram feridas.
Agenda – Os
protestos obrigaram a presidente Dilma a mudar sua agenda. Ela cancelou as
viagens que faria nesta sexta-feira, à Bahia e, na próxima semana, ao Japão.
Vários ministros também decidiram ficar em Brasília nesta sexta-feira. O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, que estaria em São Paulo,
alterou sua agenda para "reuniões internas" em Brasília.
À tarde, a
presidente deve receber dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema "manifestações e segurança"
deve também fazer parte do encontro. No mês que vem, o país receberá mais um
grande evento, a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá no Rio de Janeiro e
terá a participação do papa Francisco.
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