A compra da refinaria de
Pasadena, no Texas, pela Petrobras é o grande escândalo que o PT vinha abafando,
mas acabou chegando ao Tribunal de Contas da União e com largas chances de
aterrissar na Justiça Criminal.
No início de 2005 a
refinaria Pasadena Refining System, de Pasadena, no Texas, foi adquirida pela
empresa belga Astra Oil Company, pela quantia de US$ 42,5 milhões; em setembro
de 2006 a Astra alienou à Petrobras 50% da refinaria mediante o pagamento de
US$ 360 milhões, ou seja, vendeu metade da refinaria por mais de oito vezes o
que pagara pela refinaria inteira, um ano e meio antes. Não seria de estranhar,
por conseguinte, que a Astra Oil Co. pretendesse vender os 50% que permaneciam
no seu patrimônio. Ocorre que, por desentendimentos cuja natureza ignoro, a
Astra ajuizou ação contra a Petrobras e nela a Petrobras teria sido condenada
e, mercê de acordo extrajudicial, pagou à Astra US$ 820 milhões, pondo fim ao
litígio.
O estranho negócio, que
causou prejuízo de pelo menos US$ 1 bilhão à empresa e seus acionistas, tem
como protagonistas pessoas muito próximas a Lula e, sob a ótica do escândalo,
tem todos os ingredientes necessários para superar com folga o Mensalão do PT.
No olho do furacão estão Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente
do Conselho de Administração da Petrobras; José Sérgio Gabrielli de Azevedo,
ex-presidente da estatal petrolífera e atualmente secretário no governo Jaques
Wagner; Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro da empresa e presidente da
Petrobras International Finance Co., a caixa de Pandora da empresa; Nestor
Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora; e Alberto Feilhaber,
funcionário da Petrobras durante duas décadas e há alguns anos trabalhando na
Astra Oil, uma das empresas do grupo que atraiu a Petrobras para a refinaria de
Pasadena e depois largou a bomba nas mãos dos brasileiros.
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